“Cerimônia de abertura do Rio não será uma demonstração de quão bom ou moderno o Brasil é”, diz produtor do evento

Fonte: Diário do Povo Online    02.08.2016 15h45

RIO DE JANEIRO – A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro vai quebrar com a tradição de espetáculos em grande escala e alto custo, disse o produtor executivo Marco Balich nesta segunda-feira.

Faltando menos de uma semana para os primeiros Jogos na América do Sul, Balich disse que o show de abertura no estádio do Maracanã foi adaptado às atuais condições econômicas do país.

"Este não é um evento opulento dada a situação do Brasil", disse Balich, que esteve envolvido em várias cerimônias passadas, incluindo os Jogos Olímpicos de Inverno de 2014 em Sochi.

"Ele não terá a grandiosidade de Beijing, os enormes efeitos especiais de Atenas, a excentricidade e tecnologia de Londres. É uma cerimônia de abertura análoga", disse Balich.

O show, que deverá custar cerca de metade dos US$ 42 milhões gastos por Londres, em 2012, baseia-se nos temas de sustentabilidade, no sorriso brasileiro, na gambiarra e na capacidade de manter as coisas funcionando por meio dos improvisos.

"O Brasil tem o último grande jardim (a floresta amazônica) do mundo. Precisamos cuidar deste jardim e tentamos compartilhar esta mensagem, uma mensagem de esperança", disse Balich.

"É uma cerimônia muito contemporânea. De forma muito humilde, ela fala sobre o futuro. Não é uma demonstração de quão bom ou moderno o Brasil é."

A pira não vai ser feita de grandes estruturas como no passado, com chamas enormes, visíveis de longe.

"Vai ser uma pira de baixa emissão, já que seria uma contradição falar de sustentabilidade e, logo em seguida, queimar uma quantidade enorme de gás", disse Balich.

Cerca de 4,8 mil pessoas vão participar da cerimônia de abertura, juntamente com cerca de 11 mil atletas.

(Editor: Renato Lu,editor)

Textos Relacionados

Wechat

Conta oficial de Wechat da versão em português do Diário do Povo Online

Mais lidos