Um idoso chinês lê o livro na cadeira sobre roda, em Beijing

Perspetivas de empregabilidade para a juventude se mantém inalterada, mas as pensões irão crescer, segundo especialistas.

A autoridade máxima chinesa para os recursos humanos e seguridade social está a trabalhar em um plano para atrasar a idade aposentadoria, em resposta ao encolhimento da população ativa.

A população ativa deverá decrescer para os 700 milhões até 2050, uma “descida acentuada” dos 830 milhões estimados para 2030, disse Li Zhong, porta-voz do Ministério dos Recursos Humanos e Seguridade Social, numa coletiva de imprensa na sexta-feira.

“Os dados emitidos pelo Birô Nacional de Estatística revelam que esta população está em queda desde o seu pico de 925 milhões, atingido em 2011”, disse Li, acrescentando que a ideia de revisar a idade de aposentadoria atual foi idealizada para responder à situação.

De acordo com Li, o governo irá gradualmente implementar novas políticas de aposentadoria ao longo de toda a nação, ao invés de aplicar as medidas a todos de uma vez só.

“As medidas serão aplicadas primeiramente às pessoas que deverão se aposentar em uma idade jovem dentro das regras atuais, antes de abrangerem mais pessoas no resto do país”, acrescentou.

Li disse que o ministério estava a trabalhar nas especificidades das políticas, e que os regulamentos estariam abertos para recolher a opinião do público geral antes de serem emitidas formalmente.

Esta medida já tinha sido proposta anteriormente, mas provocou controvérsia devido às preocupações em torno da disponibilidade de postos de trabalho para a população jovem.

Com o envelhecimento gradual expectável da população o que antes era um problema, ficou resolvido pelo tempo, segundo Li.

“Além disso, a aposentadoria tardia será implementada principalmente em setores tradicionais como a manufatura. Os jovens preferem empregos em indústrias em crescimento como o comércio eletrônico, o que significa que não haverá colisão”, afiançou Li.