
O caça chinês Su-30
Na segunda-feira (4) o governo japonês alegou que, no dia 17 de junho, caças chineses sobrevoaram as imediações das ilhas Diaoyu, tendo confrontado por várias vezes os caças F-15 das Forças de Autodefesa do Japão, que levantaram voo de emergência para acorrer ao local.
Em resposta, o Ministério da Defesa da China refere que os comentários japoneses distorcem a realidade, sendo que os caças japoneses adotaram uma postura de provocação potencialmente perigosa. A intervenção insta ainda o Japão a cessar quaisquer atitudes demonstrativas de hostilidade.
Questionados pelos jornalistas relativamente aos acontecimentos, algumas figuras do governo nipónico comentaram o facto de recentemente existirem vários registos de aeronaves chinesas a sobrevoarem as ilhas Diaoyu. Segundo a versão japonesa, neste incidente em particular, do dia 17 de junho, dois caças japoneses aproximaram-se dos seus homólogos chineses e emitiram um aviso, ao qual os caças chineses tardaram a reagir. Para evitar riscos, os japoneses dispararam um foguete luminoso de aviso, tendo-se de seguida desviado da região.
Em resposta, o Ministério da Defesa da China refere que a versão japonesa deturpa o que de facto ocorreu. Naquele dia, dois caças Sukhoi Su-30 do exército chinês encontravam-se a sobrevoar o Mar da China Oriental numa operação de patrulha rotineira. Dois caças F-15 japoneses aproximaram-se de forma ameaçadora, tendo inclusive acionado o radar de disparo com as aeronaves chinesas sob mira. Os caças chineses reagiram de forma resoluta à ameaça, tendo tomado as medidas estratégicas protocolares, às quais os caças japoneses reagiram com o disparo de foguetes luminosos e posterior retirada.
O comportamento provocatório dos japoneses poderia ter resultado numa situação lesiva, colocando em risco não só a segurança dos dois pilotos chineses como a paz e estabilidade regionais.
O ministério reafirmou o compromisso irrevogável da China de assegurar a soberania e segurança do seu território.
A China apela ao Japão para que cesse quaisquer atividades provocadoras e que entre em contacto com as autoridades chinesas, no sentido de ativar um mecanismo de comunicação entre os dois ministérios de defesa.
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