Li Ka-shing: O futuro económico da China é promissor

Fonte: Diário do Povo Online    22.06.2016 10h02

Li Ka-shing

O homem mais rico de Hong Kong afirmou que o futuro da parte continental da China a longo prazo é promissor, dando um voto de confiança a uma economia que tem experienciado algum abrandamento nos últimos dois trimestres.

A China continua a ter um superavit comercial, a indústria de serviços continua a gerar lucros e o capital estrangeiro continua a circular no país, disse Li Ka-shing na sua primeira entrevista com a imprensa internacional desde 2012. Li fez referência também ao facto dos investidores se focarem apenas no crescente nível da dívida da China estarem alheados do quadro geral.

“O futuro económico da China é promissor”, disse o magnata de 87 anos, presidente da CK Hutchison Holdings Ltd a partir do seu escritório no topo do edifício Cheung Kong Center no centro de Hong Kong. “As pessoas apenas se preocupam com a dívida das empresas estatais e das famílias, quando deviam reconhecer que a China é um gigante da exportação”.

Os valores registados no setor de exportação – um fator positivo para a China, de acordo com Li - demonstram um aumento do superavit de 3,7 triliões de yuans (560 biliões de dólares) no ano passado, funcionando como amortecedor para a fuga de capital derivada do yuan fraco.

Li, nascido na cidade de Chaozhou, no sul da China, tem vários empreendimentos na parte continental da China. A sua imobiliária, a Cheung Kong Property Holding Ltd, obtém metade da sua faturação da China, assim como possui várias propriedades em território chinês. A sua empresa mais renomada, a CK Hutchison, gerou 14% dos seus rendimentos, antes de aplicar juros e impostos, na parte continental da China, onde são operadas cerca de 2,500 lojas “Watsons” e “ParknShop”.

Durante a entrevista que concedera à Bloomberg, Li apelou a que os britânicos votassem a favor da permanência na UE. “Se o ‘Brexit’ acontecer, será negativo para o Reino Unido e terá um impacto negativo na Europa”, disse Li.

“Naturalmente, espero que o Reino Unido não abandone a UE”.

Como um dos maiores investidores no Reino Unido, Li tem muito em jogo no referendo de 23 de junho. As suas preocupações ecoam também a voz de líderes do mundo dos negócios um pouco por todo o mundo, à medida que se preparam para uma possível saída britânica da União Europeia.

(Editor:Renato Lu,editor)

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