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Presidente da República de Portugal concede entrevista exclusiva ao Diário do Povo (5)

Fonte: Diário do Povo Online    01.06.2016 16h43
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Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa

DP: Portugal é um importante membro da União Europeia e, simultaneamente, mantém o seu papel tradicional de influência no seio dos países de língua portuguesa. Nos últimos anos tem havido uma consulta frequente entre a China e Portugal para melhor interagir com os países de língua portuguesa, e com os países da UE. Os benefícios obtidos são inúmeros, demonstrando a capacidade de trabalho em equipa entre a China e Portugal no estabelecimento de contactos com terceiros. Este ano, no seguimento do que já vem sendo um hábito, será realizada em Macau a quinta conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. De que forma acha que a China e Portugal podem ainda contribuir para o aprofundamento desta relação tripartida?

MRS: Portugal segue de perto a função importante que a China desempenha no desenvolvimento de África. Atualmente existem já cerca de 2000 empresas chinesas a investir nos vários países africanos, desempenhando um papel importante na redução da pobreza, na indústria e no setor financeiro, revelando-se inegavelmente numa ajuda para os países africanos. Este fator simboliza a prioridade colocada em África por parte da diplomacia chinesa.

Sob proposta da China, o Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) foi inaugurado em 2003, com o propósito de promover o intercâmbio comercial entre os países falantes de língua portuguesa. Portugal reafirma a importância deste fórum após 12 anos da sua existência.

Portugal sempre primou pela promoção dos negócios entre os dois países, pelo reforço da cooperação entre as empresas chinesas e portuguesas, assim como pelo desenvolvimento de sinergias, no sentido de estreitar as possibilidades de cooperação a três partes com Angola, Moçambique e outros países falantes de língua portuguesa. Simultaneamente, os dois países podem também considerar a elaboração de um mecanismo de cooperação trilateral para operar noutros mercados, por exemplo em África ou na América Latina. As empresas portuguesas e chinesas podem, nesses mercados, operar de forma conjunta ao nível da construção de infraestruturas e no setor energético, com vista a colher benefícios para todos os envolvidos.

Relativamente ao fórum, foi já aprovada a implementação de projetos de cooperação agrícola e de recolha de matérias-primas. Prevê-se que no futuro venham a ser elaborados projetos conjuntos nos setores agrícola, pesqueiro, ambiental, na educação, no âmbito das energias renováveis, entre outros.


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