Opinião: Atividade militar dos EUA apenas contribui para o escalar das tensões no Mar do Sul da China

Fonte: Diário do Povo Online    30.05.2016 13h31

Por Zhai Haijun

As ações frequentes dos EUA no Mar do Sul da China, violando as leis internacionais, e a sua postura antagónica para com os protestos de um país soberano, apenas contribui para o escalar de tensões na região.

Nos últimos anos, os EUA têm insistido na realização de operações militares no Mar do Sul da China. Alguns oficiais americanos afirmam até que tais operações serão cada vez mais frequentes no futuro.

Alguma da imprensa ocidental apelidou as recentes operações militares dos EUA como “normais”, apesar da oposição por parte da China.

Um ex-oficial do departamento de defesa dos EUA, citado pela imprensa, justificou as ações do país como necessárias para garantir a “liberdade de navegação” e o “cumprimento das regras”.

Ao organizar várias deslocações militares ao Mar do Sul da China, Washington está deliberadamente a obscurecer a distinção entre a navegação comercial e bélica na região. Tais operações ilegais, porém, não podem servir para encobrir a violação da soberania de outros países, assim como a integridade territorial destes. Não pode também servir de alibi para firmar uma ambição excessiva de manter uma presença dominante na região.

Em nome da “liberdade de navegação e de voo”, Washington recorrentemente assume uma postura de “xerife global”, negligenciando o facto do Mar do Sul da China ter usufruído de décadas de paz e prosperidade comercial antes da década de 70.

Com o lançamento do programa de “Liberdade de Navegação” em 1979, sob a gerência do Presidente Jimmy Carter, Washington passou a legitimar os seus interesses no mundo de acordo com a sua supremacia militar.

Concomitantemente, Washington sempre apontou o dedo à China, afirmando que o desenvolvimento daquele país no Mar do Sul da China despoleta tensões regionais.

De facto, apesar das quezílias entre a China e alguns dos seus vizinhos, a China sempre exerceu uma postura de contensão e de consulta com as partes envolvidas em disputas territoriais.

Como apoiante da liberdade de navegação, a China compreende que o Mar do Sul da China é vital para o comércio global e para o seu próprio desenvolvimento, e, consequentemente, não tem motivos para desestabilizar a região.

Ma Zhaoxu, o representante permanente da China no gabinete da ONU em Genebra, reafirmou na sexta-feira que a questão do Mar do Sul da China deverá ser resolvida pela via de negociações construtivas com os países vizinhos.

“A manutenção da liberdade de navegação e voo no Mar do Sul da China não é apenas uma obrigação imposta pelas leis internacionais. É também do interesse da China, assim como do interesse de todos os países da região”, disse Ma.

É recomendável que os EUA, um interveniente externo, cessem a sua interferência nesta região.

A insistência em manter esta atitude poderá provocar a rotura do clima de paz e estabilidade da região, e quebrar a relação de confiança mútua que os EUA edificaram com a China ao longo de gerações. 

(Editor:Renato Lu,editor)

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