Recém formados relutam em abrir seu próprio negócio

Fonte: Diário do Povo Online    23.05.2016 14h34

Estudantes recém formados da província de Hunan participam de uma feira de emprego em Hengyang. Mais de 4 mil alunos participaram do evento que aconteceu em março de 2016. [Peng Bin/China Daily]

BEIJIING, 23 de maio (Diário do Povo Online) – Se puderem escolher, os alunos recém graduados nas universidades chinesas preferem encontrar um emprego do que fundar sua própria empresa.

Um relatório feito pelo site de recrutamentos ‘Zhaopin’ revelou que apenas 3,1% dos estudantes que vão se formar em julho afirmaram querer abrir seu próprio negócio, número menor do que os 6,3% de 2015.

"tanto o governo chinês, como as universidades e investidores têm proporcionado um ambiente mais propício para os jovens chineses empreenderem. No entanto, o número de startups que fracassam ainda é muito alto devido à falta de experiência, recursos e networking", disse Wang Yixin, consultor sênior da Zhaopin.

Ao mesmo tempo, o interesse dos recém-formados em continuar estudando também diminuiu, aumentando o número de estudantes que querem encontrar um emprego de 71,2% no ano passado para 75,6% este ano. Quase 30% dos formados foram trabalhar na indústria da internet, que está entre as que mais pagam.

Zhang Jingxiu, diretor executivo da consultoria de emprego ‘Newjincin Research Institute’, com sede em Beijing, confirmou que o desejo dos alunos nas universidades de fundar startups é baixo.

"Esses estudantes não têm o perfil adequado para iniciar seu próprio negócio," disse Zhang, acrescentando que alunos do ensino técnico e profissional têm mais vontade de montar seu próprio negócio do que os estudantes universitários.

"De acordo com nossa pesquisa no ano passado, apenas 0,6 a 0,7% dos estudantes em universidades estavam pensando em abrir seus próprios negócios. Já entre os alunos do ensino técnico e profissional, esse número era de 2,2%."

Nos últimos 12 meses, mais de 20 províncias introduziram políticas para incentivar os alunos a abrir suas próprias empresas, permitindo que eles interrompam seus estudos por dois anos - mas mantendo o seu estatuto de estudante entre dois e oito anos. No entanto, muitas pessoas ligadas ao mercado de trabalho insistem que os alunos devem concluir os seus estudos primeiro e trabalhar alguns anos após se formarem.

Edição: Rafael Lima

(Editor:editor,Renato Lu)

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