Obama visita Ásia-Pacífico, analistas pedem moderação

Fonte: Diário do Povo Online    23.05.2016 09h08

O presidente norte-americano, Barack Obama, chega a Hanói, no dia 22 de maio de 2016

BEIJING, 23 de maio (Diário do Povo Online) - Analistas de renomadas instituições chinesas pediram que Washington não intensifique as tensões regionais por meio de palavras ou ações. O pedido foi feito pouco antes da visita do presidente Barack Obama a Hanói, que começa nesta segunda-feira.

A visita de Obama não deve prejudicar os interesses dos países da região, que estão envoltos em disputas marítimas, disseram eles.

Esta será a décima visita de Obama à Ásia desde que ele se tornou presidente.

Funcionários da Casa Branca disseram que Washington está considerando suspender as restrições à venda de armas durante a primeira visita de Obama ao Vietnã. Ele também vai visitar o Japão.

"É uma espécie de viagem de despedida para Obama, que espera ampliar seu legado diplomático durante a visita", disse Jin Canrong, professor de relações internacionais na Universidade do Povo, na China.

No entanto, isso não deve ser feito prejudicando-se os interesses dos países da região, disse Jin.

Fu Mengzi, vice-presidente do Instituto de Relações Internacionais Contemporâneas da China, disse que os EUA, para além dos seus aliados existentes, estão "fazendo novos amigos" com o objetivo de levar adiante sua estratégia de reequilíbrio na região da Ásia-Pacífico.

O Tribunal Permanente de Arbitragem, com sede em Haia, deverá decidir em breve sobre um caso de arbitragem unilateral apresentado pelas Filipinas sobre disputas territoriais com a China no Mar do Sul da China.

Fu disse que, em vista da arbitragem, os EUA não devem "escalar" a situação ou fazer provocações por meio de palavras ou ações.

Observadores disseram que o Vietnã não deverá se alinhar automaticamente aos EUA, uma vez que o país asiático está tentando equilibrar sua diplomacia entre os países, incluindo China, EUA e Japão.

Durante sua visita ao Japão, Obama vai participar da cúpula do G7 na quinta e sexta-feira e terminará sua viagem com uma visita a Hiroshima. Ele também vai visitar o Memorial da Paz de Hiroshima, marco do bombardeio atômico da cidade em 06 de agosto de 1945, que ajudou a dar fim a Segunda Guerra Mundial.

Edição: Rafael Lima 

(Editor:Renato Lu,editor)

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