Xining, 27 abr (Xinhua) -- Uma universidade na Província de Qinghai, noroeste da China, planeja oferecer mestrado em medicina tibetana tradicional a estrangeiros.
A Escola de Medicina Tibetana da Universidade de Qinghai disse na terça-feira que planeja receber cinco pós-graduados estrangeiros neste outono. O programa de mestrado durará três anos, com aulas em inglês e tibetano.
Estabelecida em 1987, a escola é um dos dois institutos de educação superior na China que formam médicos em medicina tibetana. O outro fica no próprio Tibete.
Etsocham, presidente honorário da escola, disse que desde 2007 ela tem programas de intercâmbios com universidades dos Estados Unidos, Rússia, República da Coreia e Japão. Até agora, cerca de 100 estudantes estrangeiros fizeram cursos rápidos de medicina tibetana.
A medicina tibetana tradicional virou matéria opcional da escola de medicina da Universidade de Virginia em julho passado, afirmou Etsocham.
"O desenvolvimento da medicina tibetana depende de formação. Internacionalizá-la será benéfico a mais pessoas", acrescentou.
A medicina tibetana, ou Sowa Rigpa em tibetano, tem pelo menos 2,3 mil anos. Ela tem influências das medicinas tradicionais chinesa, indiana e árabe e é principalmente praticada no Tibete e na região himalaia.
Desde 2006 listada como patrimônio cultural intangível da China, ela usa ervas, minerais e até insetos e partes de animais.