A China está agora mais próxima de terminar a construção da sua primeira plataforma marítima de energia nuclear. Esta deverá ser capaz de garantir o abastecimento energético em localizações geograficamente dispersas.
Os analistas creem que a plataforma, assim que completa, deverá aumentar significativamente a eficiência dos projetos de construção do país nas ilhas do Mar do Sul da China. Numa entrevista via telefónica concedida ao jornal Global Times na quinta-feira, Liu Zhengguo, diretor da Corporação de Indústria Naval da China (CSIC, na sigla em inglês), o líder de mercado na construção de navios da China e responsável por este projeto, disse que a empresa se encontra a “impulsionar os trabalhos no sentido de avançar com a construção da plataforma”.
“O desenvolvimento deste tipo de plataformas é uma tendência em voga”, disse Liu, quando instado a comentar um relatório divulgado pela imprensa, que referia o plano da China construir 20 plataformas marítimas de energia nuclear no futuro.
“O número exato de plataformas a serem construídas depende da procura do mercado”, disse, sem confirmar ou negar o número avançado. “Atendendo aos vários fatores… a procura é forte”.
Liu afirmou que a construção de plataformas é feita de acordo “com tecnologia de ponta”, enfatizando que estas são direcionadas essencialmente ao uso civil, tendo referido o exemplo de abastecer plataformas petrolíferas em alto mar.
De acordo com um relatório publicado pelo website eworldship.com, alusivo ao setor de construção naval, a Bohai Shipbuilding Heavy Industry Company (BSHIC), uma das empresas pertencentes à CSIC, irá ser responsável por construir a primeira plataforma nuclear marítima da China.
O relatório prossegue, avançando que a Comissão Nacional para a Reforma e Desenvolvimento aprovou o plano, e que a BSHIC já terá comunicado às várias entidades envolvidas no projeto para discutir a localização e viabilidade dos trabalhos de construção.
A construção da primeira plataforma marítima de energia nuclear deverá ser completa em 2018 e entrar ao serviço em 2019.
Edição: Mauro Marques