Rússia apela ao diálogo para resolver disputas do Mar do Sul da China

Fonte: Diário do Povo Online    20.04.2016 09h35

A Rússia opõe-se a ações que visem à “internacionalização da questão do Mar do Sul da China” e apoia a negociação direta entre as partes envolvidas. A China advoga a “autoridade de direito”, rejeitando decisões unilaterais de arbitragem.

A demonstração de apoio surgiu através de uma corte de justiça no Tribunal Permanente de Arbitragem em Haia, que se prepara para emitir uma regra, entre maio e junho, alusiva ao caso de soberania de Manila contra a China. A corte foi estabelecida em 2014 a pedido de Manila, tendo a China rejeitado o processo desde que o pedido foi efetuado.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov, durante o seu encontro com Wang Yi em Moscovo na segunda-feira, disse que Moscovo apoia a negociação direta por parte de países diretamente envolvidos na resolução de disputas.

De acordo com um comunicado à imprensa por parte do Ministério dos Negócios estrangeiros na terça-feira, Wang terá dito a Lavrov que a rejeição de Beijing à proposta de arbitragem unilateral das Filipinas é uma ação destinada a “por em causa a dignidade e autoridade da lei”.

“Tanto a China como a Rússia devem manter-se alerta contra comportamentos que comprometam o correto uso do mecanismo de arbitragem compulsória”, disse Wang, que visitou Moscovo para participar no 14º encontro de Ministros dos Negócios Estrangeiros da China, Rússia e Índia.

Na segunda-feira, Wang disse que a China deverá “escolher por si própria, de acordo com as leis aplicáveis, formas de resolver disputas”.

A Reuters fez notar que a corte não tem poder de tomada final de decisão, tendo algumas das suas deliberações sido ignoradas anteriormente.

Wu Shicun, presidente do Instituto Nacional para os Estudos do Mar do Sul da China, disse que o tribunal "levantou receios relativamente à sua assertividade na expansão do seu campo de ação, assim como da sua imparcialidade”.

Wu disse que as Filipinas e os seus apoiantes ocidentais, incluindo os EUA, estão a tentar encurralar a China, e que as disputas “não serão resolvidas pela via da arbitragem, mas que deverão intensificar-se, piorando a situação”. 

(Editor:Renato Lu,editor)

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