O primeiro-ministro Li Keqiang conversa com o seu homólogo australiano Malcolm Turnbull durante cerimônia de boas-vindas no Grande Salão do Povo em Beijing. WU ZHIYI / CHINA DAILY
BEIJING, 15 de abril (Diário do Povo Online) - Na busca por incrementar os laços comerciais entre Beijing e Canberra, o primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, encabeça a maior missão comercial ao país asiático desde que ele assumiu o posto.
A Austrália também vai oferecer, pela primeira vez, vistos de 10 anos aos chineses, informou o premier no início da sua viagem de dois dias à China.
A China é o país que mais envia turistas para a Austrália, com mais de 1 milhão de turistas apenas no ano passado.
Na terça-feira, os dois países assinaram acordos de cooperação nas áreas de turismo, ciência, parques industriais e mineração;
O primeiro-ministro chinês pediu para que os dois países façam bom uso das suas complementariedades e que trabalhem juntos em múltiplos setores como construção de infraestruturas, equipamentos manufaturados, novas energias, comércio eletrônico transfronteiriço, educação, aplicação da lei e defesa.
“Fortalecer a cooperação China-Austrália vai enviar um sinal positivo para a região e para o mundo, especialmente em tempos de incerteza e baixo crescimento da economia mundial,” disse Li.
Esta é a primeira visita de Turnbull à China desde que assumiu o cargo em setembro do ano passado. Representantes de mais de mil empresas estão participando da Semana da Austrália na China, que começou na segunda-feira em 12 cidades chinesas.
Turnbull disse que o seu país considera a China um importante parceiro comercial e se mostrou positivo em relação ao grande potencial de desenvolvimento da China.
Ele disse estar honrado por ser o primeiro premier a visitar a China desde que o Acordo de Livre Comércio China-Austrália começou a funcionar, sublinhando que os dois países deveriam estreitar a cooperação no comércio eletrônico, agricultura e tecnologia.
A visita acontece quatro meses depois de que o acordo comercial começar a funcionar. Nele, 86% das exportações da Austrália estão isentas de impostos para entrar na China. Em 2019 esse número deverá subir para 94% e, em 2029, para 96%.
“Os laços estão se fortalecendo cada vez mais,” disse Turbbull. “Nós temos muito trabalho para fazer juntos”.
Edição: Rafael Lima