A DJI lançou o seu primeiro “agrodrone”, o MG-1, em novembro. Este drone tem a capacidade de espalhar pesticida nos campos.
A maior fabricante nacional de drones comerciais está a preparar as suas linhas de produção para expandir o uso destes engenhos para a agricultura, de acordo com um comunicado emitido na segunda-feira.
A DJI, sediada em Shenzhen, disse estar formar 10,000 quadros em todo o país para operar os drones e estabelecer 100 centros pós-venda. A empresa irá também oferecer subsídios até 10,000 pessoas para iniciar negócios no ramo dos “agrodrones”.
Cao Nan, diretor de vendas da DJI, disse: “O drone agrícola poderá carregar 10 quilos de pesticida e borrifar uma área de até 4 hectares por hora. A sua eficiência pode atingir mais de 40 vezes a de um ser humano e servirá também para suprir a escassez de mão-de-obra nas zonas rurais.”
A DJI lançou o seu primeiro modelo para este efeito, o MG-1, em novembro passado.
“Contrariamente aos outros drones, usados em fotografia aérea, o agrodrone necessita de especialização de vendas e apoio pós-venda”, disse Wang Fan, o responsável pelas relações públicas da empresa. Segundo ele, voos de teste, montagem, e manutenção deverão estar incluídos na rede de serviços.
He Xiongkui, um professor do Centro de Equipamentos de Proteção de Colheitas da Universidade Agrícola da China, disse que o número atual de drones utilizados em tarefas agrícolas é de 4,000, mas que a procura é cada vez maior.
Mais se acrescenta que a qualidade dos drones existentes no mercado varia muito e que não existem serviços pós-venda.
O rácio de aceitação deste tipo de drones na China é de ainda 3%, comparado com 50% nos EUA e no Japão. Ou seja, há um imenso potencial de expansão, de acordo com as estatísticas da indústria.
Com a modernização da agricultura, a procura por aparelhos avançados tem crescido significativamente.
O governo emitiu políticas para promover o uso de maquinaria agrícola, incluindo a oferta de subsídios para encorajar o uso de drones na agricultura.
She Shuanglin, um investigador na Analysis International, disse: “Os regulamentos do país ao nível do consumo de drones é restrito e o risco relativamente alto, por isso a tendência inevitável do aparecimento de mais drones para usos específicos deverá manter-se no futuro”.