Visita do chefe do Legislativo da China fortalecerá relações com África

Fonte: Xinhua    21.03.2016 13h30

Beijing, 21 mar (Xinhua) -- O chefe do Legislativo chinês, Zhang Dejiang, começou na sexta-feira uma visita de dez dias a Zâmbia, Ruanda e Quênia que deve fortalecer a cooperação e as relações sino-africanas.

Altos líderes chineses fizeram diversas visitas oficiais à África desde que a liderança atual tomou posse, no fim de 2012, o que gerou benefícios para as relações bilaterais.

As interações frequentes da China com a África enviaram uma forte mensagem de que o maior país em desenvolvimento e o continente com mais países nessa situação formam uma comunidade de destino comum.

As relações diplomáticas sino-africanas fazem 60 anos, e os profundos laços de amizade, confiança mútua e apoio entre as duas partes se mantêm firmes, declarou o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, em uma coletiva de imprensa à margem da sessão anual do órgão legislativo nacional deste ano, que acabou na quarta-feira.

Na segunda cúpula do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC), dezembro em Johannesburgo, África do Sul, a China e os países africanos concordaram em elevar as relações a uma parceria de cooperação estratégica abrangente.

Há mais de três anos a China se comprometeu com os esforços africanos para o alívio da pobreza.

Proporcionou ao continente empréstimos de mais de US$ 20 bilhões desde 2012 para apoiar infraestrutura, investimento, pequenas e médias empresas, agricultura e manufatura.

Na cúpula de Johannesburgo, anunciou o estabelecimento de 10 importantes planos de cooperação com a África para acelerar a industrialização e a modernização agrícola e fortalecer a infraestrutura.

Também prometeu US$ 60 bilhões em assistência financeira ao continente, incluindo US$ 10 bilhões para o fundo de cooperação em capacidade de produção China-África.

Três meses depois da cúpula, Beijing esteve em contato com mais de 20 países africanos para dar seguimento aos resultados do evento, e vários dos acordos se materializarão em breve e o fundo de cooperação em capacidade de produção China-África crescerá, assinalou Wang na coletiva de imprensa realizada em 8 de março.

O governo chinês também empreendeu 900 programas de assistência na África nas áreas de agricultura, saúde, educação e outras áreas e ofereceu treinamento a mais de 30 mil habitantes desde 2012.

Desde o surto do ébola no ano passado, enviou mais de US$ 117 milhões em ajuda humanitária e enviou centenas de trabalhadores médicos às linhas de frente na África ocidental, atingida pela doença.

A China anunciou na cúpula de Johannesburgo que proporcionará mais treinamento e oportunidades de educação para ajudar a resolver a escassez de mão de obra no continente.

Como parte dos esforços para promover os intercâmbios culturais e entre pessoas, Beijing também ofereceu apoio a mais voos diretos entre a China e a África e prometeu ajudar na construção de cinco centros culturais na África.

"Esperamos que a viagem de Zhang aprofunde os intercâmbios entre a China e a África, aproxime as relações e, o mais importante, transforme os acordos e planos obtidos em visitas anteriores em resultados tangíveis", assinalou Jia Xiudong, pesquisador do Instituto de Estudos Internacionais da China.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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