A China desvalorizou uma conferência de imprensa conjunta dada pelo Japão e por Timor-Leste, onde estes países expressaram preocupações relativamente ao Mar do Sul da China em Beijing na quinta-feira.

“O Japão não é elegível de comentar a questão do Mar do Sul da China. Contudo, o país ativamente induziu o público em erro e manchou a imagem da China na comunidade internacional recentemente, contrariando factos básicos. Quero reiterar face aos responsáveis japoneses que este tipo de ações são em vão. Este tipo de atitudes apenas contribuirão para que o povo chinês alimente uma imagem negativa de alguns japoneses”, disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Lu Kang, numa conferência de imprensa de rotina.

Segundo notícias recentes, o Japão e Timor-Leste expressaram alegadamente “uma profunda preocupação relativamente à situação recente no Mar do Sul da China”, numa conferência de imprensa conjunta após o encontro entre o primeiro-ministro nipónico, Shinzo Abe, e o presidente timorense Taur Matan Ruak em Tóquio, na terça-feira. Ambas as partes mencionaram o caso de arbitragem levantado pelas Filipinas.

“Esperamos que os países envolvidos possam distinguir o certo e o errado e que tenham contenção nas suas palavras e ações, de modo a não serem envolvidos nos esquemas de agenda própria de algum país malicioso”, acrescentou Lu.

O porta-voz reiterou também a rejeição e não-aceitação da China relativamente ao caso de arbitragem das Filipinas. “Não aceitaremos qualquer tentativa unilateral de recorrer a uma terceira entidade para a resolução de disputas”.

As Filipinas desacreditaram o acordo conseguido com a China para a resolução das disputas do Mar do Sul da China através de negociações bilaterais e da consulta, violaram a Declaração de Conduta das Partes Envolvidas no Mar do Sul da China (DOC em inglês), e a Convenção da ONU para as Leis Marítimas (UNCLOS, em inglês). O país usou também de forma errónea os procedimentos de arbitragem estipulados pela UNCLOS. A arbitragem unilateral levantada pelas Filipinas é ilegal e inválida, não tendo qualquer efeito na China, independentemente do resultado, acrescentou Lu.

O porta-voz acrescentou que o governo chinês advoga sempre a via da negociação e consulta para a resolução de disputas territoriais e disputas de jurisdição marítima com os seus países vizinhos.

Edição: Mauro Marques