“Venda a descoberto” não afetam a economia chinesa

Fonte: Diário do Povo Online    29.02.2016 09h07

Por: Ji Peijuan

O termo “venda a descoberto”, surgido no Fórum de Davos no início deste ano, não causou grandes impactos à economia chinesa. Dados mostram que a China não fez o “pouso duro” nem experimentou uma queda brusca na sua economia. Na realidade, o sinal positivo dado com o início do 13º Plano Quinquenal prevê uma expectativa positiva para o futuro China.

Entre 1979 e 2012, a economia chinesa registrou um crescimento anual de 9,8%, de acordo com os dados da Administração Nacional da Estatística. Em 2015, o PIB chinês foi de 4,1 trilhões de yuans, superando o recorde de crescimento do PIB registrado em 1993 (3,6 trilhões de yuans).

Com a entrada da China na nova normalidade, o crescimento contínuo da sua economia em um nível médio/alto é suficiente para manter a confiança do mercado. Na 10ª Cúpula do G20, realizada em novembro do ano passado, o presidente Xi Jinping indicou que a China está confiante de que irá manter um crescimento médio/alto, de modo a criar oportunidades para o desenvolvimento de todos os países.

A confiança chinesa tem sua origem no aprofundamento integral da reforma; no estabelecimento de um novo sistema econômico mais aberto; na força motriz interna da economia nacional e na orientação forte do governo chinês.

O gigante asiático já registra efeitos visíveis na reestruturação econômica. Em 2015, o setor terciário do país contribuiu com o equivalente a mais de 50% das receitas geradas pela indústria; maior controle da poluição ambiental; e aumento da contribuição do consumo para o crescimento econômico (60%).

No geral, a comunidade internacional continua vendo com bons olhos a economia chinesa. Liu Ligang, economista chefe do Banco Austrália e Nova Zelândia (ANZ), disse que a análise dos indicadores de exportação e importação do país sinalizam que a estrutura da economia chinesa está sendo orientada para o consumo.

“A economia chinesa está se transformando de ‘impulsionada pelo investimento e manufatura’ em ‘orientada pela demanda interna e setor terciário’, ajudando a tornar mais duradouro o crescimento da economia do país.

O professor da Universidade de Yale, Stephen Roach, também ex-presidente da Morgan Stanley na Ásia, disse ao Diário do Povo que “a China vai concretizar o objetivo da reforma na nova normalidade e que os consumidores chineses podem se tornar em uma nova força para desenvolver a economia, ampliando ainda mais as demandas globais. ”

(Editor:Juliano Ma,editor)

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