Beijing, 23 fev (Xinhua) -- A China disse na sexta-feira que não pretende procurar a militarização das Ilhas Nansha no Mar do Sul da China e criticou os patrulhas aéreas e navais dos Estados Unidos na região.

A China tem a soberania indiscutível sobre as Ilhas Nansha e suas águas adjacentes, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Hong Lei, que enfatizou que "a China é séria em relação a seu compromisso de não procurar a militarização das Ilhas Nansha".

Hong fez o comentário depois que o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, John Kirby, assinalou que imagens via satélites comerciais sugerem a colocação "muito recente" de mísseis na Ilha Yongxing, o que transgride a promessa da China de não militarizar o Mar do Sul da China.

O porta-voz chinês indicou que a desmilitarização na região não é assunto de um só país. "Não deve haver uma moral dupla ou múltipla em relação à desmilitarização no Mar do Sul da China, e o processo requer esforços conjuntos dos países da região e de fora dela".

Hong assinalou que os Estados Unidos estão fortalecendo o desdobramento militar no Mar do Sul da China e que enviam frequentemente navios ou aviões militares às águas da zona para realizar um reconhecimento próximo contra a China.

Hong também acusou os Estados Unidos de enviar um destruidor de mísseis e bombardeiros estratégicos às águas e ao espaço aéreo adjacente às ilhas Nansha e que seus aliados realizam exercícios militares ou patrulhas conjuntos específicos na região.

As ações norte-americanas escalaram as tensões no Mar do Sul da China e constituem sua militarização, disse Hong.

A Ilha Yongxing, a maior do grupo das Ilhas Xisha no mar do Sul da China, é parte inerente do território da China, ressaltou o porta-voz.

Em 1959, o governo chinês estabeleceu um escritório administrativo e posteriormente instalações governamentais na Ilha Yongxing.

O desdobramento de instalações de defesa na Ilha Yongxing é parte do exercício da soberania da China e isso ocorre há décadas, assinalou Hong, pedindo que a parte norte-americana aprenda os fatos básicos em relação ao Mar do Sul da China antes de comentar o tema.