China reafirma maneira equilibrada para resolver assunto nuclear coreano

Fonte: Xinhua    18.02.2016 09h05

Beijing, 18 fev (Xinhua) -- A China pediu na quarta-feira que todas as partes envolvidas no assunto nuclear coreano retomem as negociações em meio à aproximação das sanções das Nações Unidas contra Pyongyang pelo lançamento de um míssil.

O Conselho de Segurança da ONU estava discutindo uma nova resolução para evitar que a República Popular Democrática da Coreia (RPDC) "vá longe demais por um caminho errado", disse Wang Yi, chanceler chinês.

No entanto, todas as partes não devem abandonar os esforços para retomar negociações, assim como a responsabilidade de manter a paz na Península Coreana, disse Wang em uma entrevista coletiva conjunta depois de conversas com a chanceler australiana Julie Bishop.

Pyongyang lançou um foguete carregando um satélite em 7 de fevereiro, o que foi considerado um disfarce de míssil balístico de longa distância depois de ter conduzido seu quarto teste nuclear em 6 de janeiro.

Segundo resoluções do Conselho de Estado da ONU, a RPDC está proibida de lançar qualquer tipo de míssil balístico.

A RPDC deve "pagar o preço" por violar repetidamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, disse Wang.

Wang comparou o assunto nuclear coreano com o assunto nuclear iraniano, dizendo que a longa suspensão das negociações entre as seis partes sobre o assunto nuclear coreano resultou em uma situação que "ninguém gostaria de ver".

Por isso, todas as partes devem considerar a retomada das negociações enquanto se discute uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU, disse.

Wang disse que se deve buscar ao mesmo tempo a desnuclearização da Península Coreana e um mecanismo de trégua para se resolver as principais preocupações de todas as partes de forma equilibrada, além de se definir uma meta para a negociação.

"Isto é razoável e nos ajudaria a encontrar uma solução. A China está disposta a ter mais discussões com todas as partes", afirmou Wang.

Wang reiterou que sanções e medidas militares não são soluções, porém apenas exacerbam a situação. O governo chinês sempre apoia uma solução política, em conformidade com a Carta da ONU de resolução pacífica de disputas, o que é de interesse comum de todas as partes relacionadas e da comunidade internacional.

Bishop está em vista oficial à China entre terça e quinta-feira a convite de Wang. Ela também participou da terceira rodada de diálogo diplomático e estratégico bilateral.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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