Teve lugar em Londres, no dia 4 de fevereiro, a quarta iniciativa de doações em favor dos refugiados sírios. O Primeiro-ministro britânico David Cameron, após a reunião, numa conferência de imprensa (coletiva à imprensa), anunciou que os países doadores se haviam comprometido a fazer uma doação conjunta superior a 10 biliões de dólares.
Cameron prosseguiu dizendo que este fundo será destinado a preparar provisões para os refugiados, como alimentos, cuidados médicos, e instalações de acolhimento. As doações deverão reverter também para os refugiados de países vizinhos da Síria, no sentido de oferecer a estas pessoas oportunidades de trabalho e de receberem educação.
A União Europeia prometeu este ano disponibilizar 3,3 biliões de dólares em ajuda, confirmando que deverá manter este espírito de solidariedade para o próximo ano. A Alemanha prometeu que nos próximos 3 anos deverá destacar 2,6 biliões de dólares; o Reino Unido, nos próximos 5 anos, 1,7 biliões; a França, durante este ano, 1 bilião; e os EUA, no presente ano, 925 milhões.
No dia anterior à reunião, o enviado especial da ONU à Síria disse em Génova que está anunciada para dia 25 do presente mês um novo turno de diálogo para reatar as negociações de paz, neste momento congeladas.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante a conferência de solidariedade mostrou-se satisfeito com o contributo da comunidade internacional para mediar o conflito, reconhecendo, contudo, que o congelamento das negociações revelam ainda grandes divergências entre as partes envolvidas.
O atraso das operações humanitárias na Síria, assim como a repentina intensificação de ataques aéreos e operações militares no país, apenas contribuem para minar o progresso inicial das negociações e o clima de insegurança, referiu Ban Ki-moon. Concomitantemente, o secretário-geral reconhece que o mundo perde demasiado tempo com formalidades e questões irrelevantes, relegando o sofrimento do povo sírio para segundo plano.
Helen Clark, administradora do Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento, referiu que o programa internacional de solidariedade deve refletir-se em investimentos na capacidade de recuperação do país.
Edição: Mauro Marques