China espera que conversas sírias prossigam sem pré-condições

Fonte: Xinhua    02.02.2016 10h36

Beijing, 2 fev (Xinhua) -- A China espera que o governo e as delegações da oposição da Síria participem da conversa de Genebra sem pré-condições, disse segunda-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país, Lu Kang.

"A China saúda a nova rodada da reunião de Genebra visto que isso sinaliza o esforço internacional para impulsionar uma solução política para a crise síria", disse Lu em uma entrevista coletiva regular.

O enviado especial da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Staffan de Mistura, se reuniu separadamente com representantes do governo sírio e da oposição principal Comitê de Altas Negociações (CAN) desde que as conversas começaram na sexta-feira.

Essa é a terceira vez que as partes sírias rivais vieram à mesa de negociação depois de as reuniões em Genebra em 2012 e 2014 fracassarem em solucionar a crise.

O diálogo, que pode ser longo e difícil, são o único caminho para solucionar o assunto sírio. A China espera que os dois lados suspendam as pré-condições e encontrem o que seja o melhor para o país e para o povo, disse Lu.

O governo e a oposição sírios devem tomar medidas para construir a confiança um com o outro, levantando cercos e permitindo acesso humanitário, para contribuir ao sucesso das conversas, afirmou o porta-voz.

Os principais países e atuadores regionais devem ajudar nas conversas. A China continuará a trabalhar com a comunidade internacional para promover o diálogo para uma resolução política, assinalou Lu.

As conversas indiretas em Genebra são parte de um processo definido em uma resolução da ONU em dezembro, que conjetura um cronograma de 18 meses para uma transição política na Síria, inclusive o projeto de uma nova constituição e eleições.

As primeiras fases das conversas devem durar entre duas e três semanas e o diálogo inteiro, seis meses.

(Editor:Juliano Ma,editor)

Textos Relacionados

Destaques

Estado Islâmico estabelece campos de treinamento na Europa

Mais lidos