Um líder da oposição síria dará hoje início a uma visita de quatro dias à China, numa iniciativa que pode ser interpretada como a última manobra chinesa para incentivar as conversações entre o governo sírio e a oposição.
Embora a China esteja desde há muito a mover esforços no sentido de promover o diálogo político no país do Médio Oriente, esta é aparentemente a primeira vez que Pequim anunciou a visita de um líder da oposição do país.
A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, afirmou durante uma conferência de imprensa na segunda-feira que o chanceler Wang Yi irá encontrar-se com Alptekin Hocaoglu, presidente da Coligação Nacional para as Forças Revolucionárias da Oposição Síria, durante a permanência do líder.
A visita a Pequim por parte do líder da coligação, também conhecido por Khaled Khoja, segue-se à visita do ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país à China entre os dias 23 e 26 de dezembro.
O ministro, Al-Moallem, terá dito aos repórteres após o encontro com Wang que o governo sírio estaria pronto a participar em conversações de paz em Génova com vista a terminar a guerra civil.
“A nossa delegação estará pronta assim que recebermos uma lista da delegação da oposição”, disse Al-Moallem, acrescentando que não deve existir influência externa nas conversações.
Estas afirmações seguiram-se a um apoio unânime por parte do Conselho de Segurança da ONU em dezembro, apelando a um cessar-fogo e ao diálogo político na Síria a ter início em janeiro, criando um governo unido e preparar eleições.
Edição: Mauro Marques