A China anunciou ontem que vai fornecer uma ajuda adicional de 40 milhões de yuans (US$ 6,18 milhões) em ajuda humanitária à Síria.
O anuncio foi feito pelo Ministro das Relações Exteriores durante uma coletiva de imprensa conjunta com o chanceler Sírio Walid Al-Moallem que está em visita à China até sábado.
“Como membro permanente das Nações Unidas, a China vai continuar a promover a paz e o diálogo na Síria e a oferecer ajuda humanitária ao país,” disse Wang.
Al-Moallem disse aos jornalistas que o governo do seu país está pronto para participar das conversações em Genebra para discutir o fim da guerra civil.
“A Síria está pronta para participar do diálogo em Genebra sem nenhuma interferência externa, ” disse ele.
“Nossa delegação estará pronta assim que nós recebermos uma lista da delegação oposicionista. ”
Esta é a primeira vez que Damasco responde de forma favorável a uma nova rodada de negociações desde o começo do processo negociações de paz de Viena em outubro passado.
As declarações ocorrem depois que o Conselho de Segurança da ONU apoiou por unanimidade na semana passada uma resolução pedindo por cessar-fogo no país, negociações entre o governo sírio e a oposição, a criação de um governo unificado e realização de eleições.
Ambos os ministros das Relações Exteriores também expressaram seu apoio à luta contra o terrorismo. Al-Moallem pediu a ajuda do Conselho de Segurança para ajudar a bloquear o financiamento ao terrorismo e para barrar a entrada de terroristas na Síria.
Yin Gang, especialista em Oriente Médio da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que este é o momento certo para resolver a questão da Síria por meio de canais políticos.
O ex-embaixador da China no Irã, Hua Liming, disse que a solução política da questão síria está "dando uma guinada".
"Além de o governo sírio, forças estrangeiras, incluindo os Estados Unidos, Rússia, Arábia Saudita, Turquia e Irã também desejam uma rápida solução do problema, além de eles terem parado de falar em derrubada do governo sírio."
Edição: Rafael Lima