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CELAC deve substituir a OEA, diz presidente do Equador

Fonte: Diário do Povo Online    28.01.2016 10h48
CELAC deve substituir a OEA, diz presidente do Equador
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QUITO, 27 de Jan (Diário do Povo Online) – Durante a abertura da IV Cúpula de Chefes de Estado e de governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Quito, o presidente do Equador, Rafael Correa, insistiu na necessidade de que o bloco regional substitua a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Durante o encontro, o mandatário equatoriano afirmou que a região necessita de um organismo capaz de defender os interesses soberanos dos seus membros.

“Cremos que no curto prazo a CELAC deve substituir uma OEA que jamais funcionou adequadamente e que hoje está mais anacrônica do que nunca,” afirmou.

Para ele, a OEA “nos privou reiteradamente desse propósito”, como quando expulsou Cuba em 1962, por exemplo.

Correa afirmou que o próprio presidente Fidel Castro a chamou “acertadamente de ministério das colônias”, dizendo que o Equador não tem medo de sonhar, propor e, inclusive, equivocar-se.

“Por que temos de discutir nossos problemas em Washington?” Como se pode manter a irracionalidade de que a sede da OEA esteja no país que impõe o bloqueio criminoso a Cuba, violando assim a carta de fundação da organização?,” questionou o presidente Correa.

“A CELAC deve ser um fórum para discussões latino-americanas e caribenhas,” disse o presidente ao mesmo tempo em que pedia pela criação de um Sistema Latino-americano de Direitos Humanos em substituição a atual Comissão Interamericana, que também está sediada em Washington.

“Necessitamos de um novo Sistema Latino-americano e Caribenho sem padrões duplos nem distorções geopolíticas,” disse Correa ao recordar que os EUA não aderiram aos acordos e tratados sobre direitos humanos.

Para ele, a Comissão interamericana “está totalmente dominada pelos países hegemônicos (...) o que é mortal para a democracia”.

O presidente do Equador comentou que a Comissão Interamericana “está dominada pelo capital ligado à comunicação, e que por isso se tornou em um eco da imprensa mercantilista”.

Edição: Rafael Lima 


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