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China e Irã melhoram laços para fortalecer amizade milenar

Fonte: Xinhua    25.01.2016 09h36
China e Irã melhoram laços para fortalecer amizade milenar
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Teerã, 25 jan (Xinhua) -- A China e o Irã, duas civilizações antigas, concordaram no sábado em elevar seus laços para o nível de parceria estratégica integral, com o fim de impulsionar a cooperação em todos os setores e fortalecer sua amizade milenar.

O consenso foi alcançado durante a visita do presidente chinês, Xi Jinping, ao Irã, a primeira em 14 anos por parte de um chefe de Estado da China.

A China e o Irã não têm conflitos fundamentais, e o que existe entre os dois países é um apoio mútuo e um benefício recíproco constantes, disse Xi no encontro com seu homólogo iraniano, Hassan Rouhani.

Na história, não houve guerras ou disputas entre as duas nações, que mantiveram intercâmbios amistosos a prova do tempo e uma cooperação sincera que remontam a 2.000 anos atrás graças à Rota da Seda, recordou o presidente chinês.

"A amizade China-Irã se origina dos intercâmbios amistosos na história, da ajuda mútua nos momentos difíceis, do apoio desinteressado entre as duas partes nos assuntos principais e de nossos conceitos de cooperação de benefício mútuo. Esta amizade resistiu aos testes das vicissitudes do panorama internacional", sublinhou.

A visita de Xi aconteceu dias depois do levantamento das sanções impostas pelo Ocidente sobre o Irã, o qual ocorreu depois que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmou que Teerã tinha diminuído seu programa nuclear. A China desempenhou um papel construtivo nas negociações prévias.

A China espera que o acordo nuclear do Irã, o Plano de Ação Integral Conjunto, possa ser implementado sem dificuldades, comentou Xi, indicando que seu país quer ver que a república islâmica tome uma nova posição nos cenários regional e internacional.

"A China está disposta a trabalhar com o Irã para levar nossa cooperação de benefício mútuo em áreas como política, economia e comércio, energia, infraestrutura, segurança, cultura e intercâmbios entre pessoas para uma nova etapa", disse o presidente.

Xi afirmou ainda que a China respeita e apoia as nações e povos na região para que persigam de maneira independente os sistemas políticos e caminhos de desenvolvimento adequados para suas condições nacionais, e a comunidade internacional deve ajudar a região a obter o desenvolvimento econômico e social.

"A China quer manter a comunicação e a coordenação com o Irã para salvaguardar a paz e a estabilidade na região e no mundo em geral", expressou o mandatário chinês.

Por sua parte, Rouhani enfatizou que Xi é o primeiro chefe de Estado estrangeiro a visitar Teerã, depois da solução do litígio nuclear iraniano, o que demonstra o nível das relações positivas e amistosas entre os dois países.

Em sua opinião, a visita de Xi será um marco na história das relações Irã-China.

O Irã dá atenção ao papel importante da China nos assuntos internacionais, tem em mente o apoio e a assistência de longo prazo que a China deu ao Irã e agradece a China por suas contribuições para ajudar a resolver o problema nuclear iraniano através de meios políticos, afirmou Rouhani.

Em um comunicado conjunto emitido depois das conversações entre Xi e Rouhani, a China e o Irã anunciaram que concordaram em estabelecer um mecanismo de reunião anual entre seus ministros de Relações Exteriores como parte dos esforços para aprofundar a confiança estratégica mútua.

Os dois países asseguraram que se opõem a todos os tipos do uso da força ou ameaça com o uso da força, à imposição de sanções injustas sobre outros países e ao terrorismo de todas as formas.

Ambas as nações também expressaram a esperança de que as questões internacionais controversas ou delicadas devem ser resolvidas através de negociações e diálogo político.

A China apoia a solicitação do Irã para que seja um membro de direito pleno da Organização de Cooperação de Shanghai (OCS), diz o documento.

O Irã é agora um dos seis observadores da OCS, fundada em 2001 e que atualmente, conta com China, Cazaquistão, Quirguistão, Rússia, Tadjiquistão e Uzbequistão como membros de direito pleno.

Também foram assinados no sábado distintos acordos de cooperação bilaterais que abrangem diversas áreas como energia, capacidade de produção, finanças, investimento, comunicações, cultura, poder judicial, ciência e tecnologia, meios de comunicação noticiosos, alfândegas, mudança climática e recursos humanos.


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