Beijing destaca importância do Consenso de 1992 após eleições em Taiwan

Fonte: Diário do Povo Online    18.01.2016 10h04

A autoridade para os assuntos de Taiwan da China continental informou que os princípios e políticas referentes a Taiwan são consistentes e claras e que elas não sofrerão mudanças após o resultado das eleições na ilha no último sábado.

O anuncio foi feito por meio de um comunicado após Tsai Ing-wen, do Partido Progressista Democrático (PPD), ter sido eleita como a nova líder de Taiwan.

A declaração, divulgada pelo Gabinete de Trabalho do Comitê Central do PCCh para os assuntos de Taiwan, reiterou a importância de se aderir ao Consenso de 1992.

O documento diz que a parte continental está disposta a melhorar a comunicação e os intercâmbios com todos os partidos políticos e grupos que reconheçam o princípio de que a parte continental chinesa e Taiwan pertencem a uma só China.

"Nós vamos continuar a aderir ao Consenso de 1992 e a nos opormos resolutamente a qualquer forma de atividade separatista que busque a 'independência de Taiwan'", diz o comunicado.

Nos últimos oito anos, ambos os lados têm buscado de forma conjunta um caminho para o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito, bem como o estabelecimento de um quadro de intercâmbio e cooperação, e mantido a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan, disse o comunicado.

Tsai, que venceu o candidato do Kuomintang (KMT), Eric Chu, e o líder do Partido Primeiro o Povo (PPP), James Soong, tornou-se a primeira líder mulher da ilha.

Das 113 vagas no legislativo, o PPD ficou com 68, o KMT com 35 e o Partido Novo Poder com cinco. Três vagas foram para o PPP, uma para a União de Solidariedade de Taiwan e uma vaga para um candidato independente.

Ni Yongjie, vice-diretor do Instituto Shanghai de Estudos de Taiwan disse que "Tsai e o PPD lograram sucesso, mas também terão de enfrentar muitos desafios", incluindo fazer a economia voltar a crescer.

Zhu Songling, diretor do Instituto de Relações através do Estreito da Universidade Unida de Beijing, disse que o fracasso do KMT foi resultado das contradições internas e de não conseguir manter-se atualizado no tempo.

Edição: Rafael Lima 

(Editor:Renato Lu,editor)

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