À conversa com Marcos Mendes e Patrícia Gonçalves – Estudantes de Chinês em Pequim (Parte 1) (4)

Fonte: Diário do Povo Online    24.12.2015 13h03

A vida académica em Portugal e na China tem bastantes diferenças e ambos concordam que o estatuto do estudante tem contornos diferentes nos dois países - nomeadamente na primeira fase de integração: “Em vez dos típicos estudantes trajados de negro, na China encontramos alunos com uniforme militar”. A praxe foi um elemento comum nas observações de ambos. A Patrícia refere que a ausência da praxe como sistema de integração dos alunos (se bem que frequentemente envolto em alguma polémica) se faz notar: “Na China tudo se desenrola na sala de aula. Nota-se que há um esforço por parte dos professores em integrar-te, não apenas na turma, mas na comunidade académica em geral”.

Outras diferenças incluem a hora do início das aulas e a exigência de estudo. “Tenho que acordar às 7.30 da manhã, o que para mim é muito difícil”, refere o Marcos, em tom bem-disposto, fazendo alusão à flexibilidade dos horários portugueses. Quanto à carga de trabalho, ambos também confessam que o ritmo é bem mais intenso do que em Portugal: “As minhas aulas são todas em Chinês. A professora não usa o Inglês. Pelo menos no meu nível.”, diz o Marcos. A Patrícia corrobora as palavras dele: “Em Portugal tens mais tempo livre. Na China, quando as aulas terminam, o estudo começa. Se não o fizeres corres o risco de, no dia seguinte, não conseguires acompanhar os teus colegas”.


【1】【2】【3】【4】【5】

(Editor:Renato Lu,editor)

Textos Relacionados

Destaques

À conversa com Marcos Mendes e Patrícia Gonçalves – Estudantes de Chinês em Pequim

Mais lidos