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Ministério de defesa chinês se opõe à venda de armas a Taiwan pelos EUA

Fonte: Xinhua    18.12.2015 13h55

Beijing, 18 dez (Xinhua) -- O Ministério da Defesa Nacional da China expressou quinta-feira forte oposição à autorização do governo dos Estados Unidos à venda de armas a Taiwan e pediu que revogasse essa transação de US$ 1,8 bilhão.

"O equívoco dos EUA de indevidamente vender armas a Taiwan prejudicará as relações militares deles com a China", disse o porta-voz da pasta, Yang Yujun, em um comunicado de imprensa.

O Departamento de Estado dos EUA notificou o Congresso quarta-feira sobre um acordo de US$ 1,83 bilhão para vender duas fragatas de mísseis guiados classe Perry, mísseis antitanque, veículos de assalto anfíbio AAV-7, mísseis terra-ar Stinger e outros equipamentos militares a Taiwan, apesar de forte oposição de Beijing.

Yang disse que a questão de Taiwan concerne a integridade territorial e os interesses fundamentais da China e que esta se opõe firmemente à venda de armas à ilha por parte de qualquer governo estrangeiro.

Os EUA violaram os três comunicados conjuntos que assinaram com a China, em particular o de 17 de agosto de 1982, em que se comprometeram a reduzir gradualmente a venda de armas a Taiwan até a cessar por completo, indicou o porta-voz.

Segundo Yang, a venda interfere "brutalmente" nos assuntos internos da China, "sabota" a soberania e os interesses de segurança da China e "prejudica o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito".

A posição das forças armadas chinesas sobre a proteção da soberania nacional e a integridade territorial é firme e clara, destacou.

"Insistimos firmemente ao governo dos EUA que acate os três comunicados conjuntos firmados com a China, cumpra o compromisso com ela sobre a questão de Taiwan, cancele esta e detenha as vendas de armas à ilha e corte seus laços militares com ela, evitando assim prejuízos maiores aos vínculos militares e às relações gerais sino-americanas", declarou Yang.

O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Zheng Zeguang, convocou quarta-feira Kaye Lee, responsável pelos negócios da embaixada dos EUA na China, e apresentou representações solenes sobre a venda.

(Editor:Juliano Ma,editor)

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