A segunda Conferência Mundial de Internet, que será inaugurada na quarta-feira em Wuzhen, está a recolher a atenção de todo o mundo.
Ao invés de expressar o apoio através da omnipresença, como na edição do ano passado, o presidente chinês Xi Jinping irá comparecer à conferência deste ano, onde fará um discurso, no que pode ser interpretado como um sinal de promoção do desenvolvimento da internet no país asiático.
No mundo de hoje, a internet já penetra em todos os aspectos da vida quotidiana. Em algumas áreas metropolitanas chinesas, uma tarefa como viajar de táxi pode ser simplificada à distância de um clique (através de um aplicativo de celular), já para não falar de outras atividades como reservas de viagens, compras e lazer. O afastamento da internet significa, em certo grau, o isolamento do mundo.
A China está a fazer esforços para que o 1,3 bilhão da sua população possa beneficiar das vantagens da internet. No 13º plano quinquenal sobre o desenvolvimento socioeconômico, a China apresentou a proposta de “acelerar a construção de infraestruturas informáticas de nova geração com rapidez e mobilidade”, com vista a ampliar a dimensão da economia virtual e promover a adopção da internet num leque mais alargado de serviços.
Como uma das maiores descobertas do séc.XX, a internet tornou o mundo numa “aldeia global”, alterando profundamente o estilo de vida dos seres humanos. Sem dúvida, a internet, em utilização na China há mais de 20 anos, já se apoderou do quotidiano nas mais variadas dimensões. Usando as palavras do presidente do Grupo Alibaba, Jack Ma, omitir a “internet +” indiciaria o isolamento do mundo. Em traços gerais, a influência da tecnologia da internet na China e no Mundo define-se como primeiro passo da “Grande Marcha” (episódio histórico fundamental na formação da identidade da República Popular da China).
Atualmente, a China aloja 4 milhões de websites, 700 milhões de adeptos da internet, 1,2 bilhão de usuários de telemóveis e 600 milhões de inscritos no Wechat e Weibo. A administração deste “contingente de internet” necessita de ser feita com sapiência. Para realizar a meta dos “dois centenários” – comemoração de duas efemérides fundamentais da china moderna, a fundação do PCCh e da RPC, com a materialização de uma sociedade amplamente confortável em 2021 e com o “sonho chinês” em 2049 - , é necessário aproveitar da melhor forma possível a tecnologia informática e traduzir a quantidade massiva de utilizadores do “online” numa qualidade equivalente.
Edição: Renato Lu
Revisão: Mauro Marques