Doação de órgãos regista crescimento na China

CHANGSHA, 8 de dezembro (Xinhua) - A doação de órgãos na China aumentou depois que o país proibiu o uso de órgãos de prisioneiros para transplante desde 1º de janeiro deste ano, disse no domingo um especialista médico.

Até 9 de novembro, a China registrou 5.384 doadores de órgãos voluntários que doaram 14.721 diferentes órgãos, informou Huang Jiefu, chefe de um comitê nacional de doação e transplante de órgãos humanos e ex-vice-ministro da saúde.

A China deve chegar ao topo do mundo em termos de doação de órgãos em alguns anos, disse Huang num fórum na cidade de Changsha, Província de Hunan, centro do país.

"Desde que o sistema de doação seja transparente, a maioria dos cidadãos estarão dispostos a participar do programa", indicou Huang.

A falta de médicos qualificados para realizar cirurgias de transplante é principal obstáculo. Há apenas 169 hospitais em todo o país elegíveis para o transplante de órgãos, com cerca de 100 médicos capazes de efetuar a operação, acrescentou.

A fim de atender à demanda pública, Huang pediu por uma formação rápida de novos talentos médicos e uma expansão no número de hospitais de transplante para 300 e de médicos para 400.

A China começou um experimento de doação de órgãos voluntária em 2010 e promoveu nacionalmente a prática em 2013. Atualmente, o país ocupa o primeiro lugar na Ásia em termos do número de doações de órgãos.