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A China torna-se no maior parceiro de negócios dos EUA

Fonte: Diário do Povo Online    09.11.2015 14h29

A China tornar-se-á este ano no maior parceiro de negócios dos EUA, ultrapassando o Canadá pela primeira vez, acompanhando a queda dos preços do petróleo. Esta queda refletiu-se nas exportações energéticas americanas para o vizinho a norte.

As transações de bens com a China totalizaram 441,6 biliões de dólares este ano até setembro, excedendo os 438,1 biliões com o Canadá, pela primeira vez desde a existência do Departamento de Comércio Norte-americano (existente desde 1985). Os gráficos publicados na quarta-feira demonstram também que o comércio com a China encontram-se a registar máximos históricos, alimentados pela alta taxa de importação.

Óleo de crude é uma das exportações de maior dimensão do Canadá. O seu preço colapsou para cerca de metade do seu pico de 2014. Este fator foi determinante para delinear uma queda de 11,6% em comparação com o mesmo periodo do ano passado, mesmo tendo em conta que os EUA aumentaram a compra de barris.

“É sobretudo uma história de petróleo”, disse Jacob Oubina, economista americano da RBC Capital Markets LCC de Nova Iorque. “Em termos nominais, sim, o comércio com a China supera o do Canadá. Mas na realidade é bem diferente. Não se trata de atividade económica ou output. É uma questão de preços”.

Em setembro, os EUA importaram 101,3 milhões de barris de óleo de crude do Canadá – o máximo deste ano e o segundo maior valor desde 2010, de acordo com informações da repartição de censos. Contudo, os 3,9 biliões de dólares de valor aduaneiro dessas importações foi o segundo mais baixo.

Entretanto, enquanto os mercados emergentes se esforçam para acelerar o crescimento, a China está cada vez mais dependente dos consumidores americanos comprarem os seus produtos. O total de trocas deste ano com a China é 3,7% superior aos mesmos 9 meses de 2014.

O défice comercial dos EUA na manufatura atingiu um recorde de 74,7 biliões de dólares em setembro, de acordo com uma análise dos novos dados da repartição de censos da RealityCheck (um blog credível na área da manufatura e comércio). Isto poderá ser uma matéria de interesse para as eleições presidenciais.

Os registos foram encontrados por Alan Tonelson, fundador da RealityCheck. Encontrar os registos involve a busca em materiais históricos de comércio, uma vez que a repartição de censos não estabelece comparações com os seus comunicados recentes.

O aumento do défice de comércio manufatureiro constitui mais uma evidência de que, embora a economia americana tenha recuperado da recessão de 2007-2009, o setor da manufatura continua em desvantagem.

De acordo com Tonelson, o máximo anterior para o défice comercial de manufatura foi de 74 biliões de dólares em agosto. Ele diz que os EUA parecem estar destinados a um recorde anual de défice na manufatura.

A Aliança para a Manufatura Americana fez notar que as importações americanas da China atingiram um recorde de 45,7 biliões de dólares em setembro, e que o presidente, Scott Paul, disse que estes valores estão a “matar a recuperação manufatureira dos EUA”.

Edição: Mauro Marques 

(Editor:Renato Lu,editor)

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