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Apõs 70 anos de terem perdido a vida longe da pátria, os restos mortais de mais de 300 soldados do Exército Expedicionário Chinês à Birmânia, atual Myanmar, deverão ser devolvidos à China no início de novembro. Esta é a maior iniciativa desta natureza feita até então.
Em abril do presente ano, algumas NGO chinesas lançaram a campanha “Busca e recuperação dos restos mortais do exército expedicionário enviado ao Myanmar”. A primeira fase das escavações centra-se no cemitério Myitkyina.
O líder da fundação de caridade Longyue,responsável pelo projeto, anunciou em Shenzhen: “Até ao dia 30 de agosto, já foram reavidos os restos mortais de 347 membros do Exército Expedicionário no cemitério de Myitkyna. Como os túmulos por vezes contêm os restos mortais de várias pessoas, é necessário recorrer a testes de ADN para conseguir saber ao certo a identidade dos defuntos”.
A organização da iniciativa deu uma conferência de imprensa a 28 de outubro, em Pequim, onde anunciou que, com o aval do governo do Myanmar, os restos mortais deverão ser transladados para a China a 5 de novembro. O processo decorrerá através da fronteira do país com a China, na província de Yunnan, sendo que os cadáveres deverão ser novamente sepultados na cidade de Baoshan, também na província de Yunnan.
O exército expedicionário chinês lutou com bravura numa das fases mais críticas da Guerra de Resistência do Povo Chinês Contra a Agressão Japonesa pela defesa do território a suduoeste do país, nomeadamente na fronteira com o Myanmar e a Índia. Com o final da Segunda Guerra Mundial, muitos dos soldados foram sepultados longe da pátria, tendo por isso surgido iniciativas para reaver os restos mortais dos heróis nacionais.
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