NOVA IORQUE, 27 de outubro (Diário do Povo Online) - O representante da China na ONU, Liu Jieyi, exortou os Estados Unidos a darem um fim às décadas de embargo contra Cuba.
Liu fez as declarações ontem, pouco antes da Assembleia Geral da ONU aprovar por unanimidade uma resolução sobre a questão.
Liu disse que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada em setembro, abriu novas perspectivas, apresentou novas oportunidades e definiu novas metas para o desenvolvimento global e para o desenvolvimento da cooperação internacional.
"Sob estas novas circunstâncias, é necessário acabar imediatamente com o embargo e as sanções econômicas contra Cuba," disse.
Esta foi a vigésima quarta vez consecutiva que a Assembleia Geral aprovou a resolução de Cuba, apresentada anualmente, apelando para o fim do embargo econômico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos à ilha.
Esta foi a vez em que a resolução teve o maior número de apoiadores. No total, 191 Estados membros votaram a favor da resolução. Apenas os Estados Unidos e Israel votaram contra.
O enviado chinês disse que é lamentável o fato de o embargo americano contra Cuba ainda estar em vigor, afirmando que as sanções causaram enormes perdas econômicas e financeiras a Cuba, dificultando os esforços do povo cubano para eliminar a pobreza, promover o desenvolvimento econômico e social, e alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.
"O embargo vai contra o direito do povo cubano à sobrevivência e ao desenvolvimento, e tem prejudicado as interações econômicas, comerciais e financeiras de Cuba com outros países," acrescentou Liu.
A China sempre defendeu o respeito ao direito dos países de escolherem autonomamente os seus sistemas sociais e os caminhos para o seu desenvolvimento, se opondo ao uso unilateral de meios militares, políticos e econômicos contra outros países, disse o representante chinês na ONU.
Em julho deste ano, os Estados Unidos e Cuba reestabeleceram relações diplomáticas, dando um passo importante para a normalização das relações entre os dois países.
"Esperamos que os Estados Unidos rescindam completamente a política de bloqueio econômico e as sanções contra Cuba e que os dois lados reestabeleçam o padrão normal de relações em sintonia com os propósitos da Carta das Nações Unidas e os princípios básicos das relações internacionais," disse.
Liu observou também que o fim do embargo é de interesse comum dos Estados Unidos e de Cuba, bem como dos povos dos dois países. Ele também afirmou que o fim das sanções irá ajudar na estabilidade e desenvolvimento do continente americano e para o desenvolvimento da comunidade internacional.
Edição: Rafael Lima