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China condena patrulha de contratorpedeiro norte-americano próximo das ilhas Nansha (2)

Fonte: Diário do Povo Online    28.10.2015 10h05

A CNN reportou que a patrulha teria sido aprovada pelo Presidente Barack Obama, enquanto que um oficial de defesa dos EUA disse à Reuters que patrulhas adicionais deverão proceder a atividades semelhantes durante as próximas semanas.

Lu disse que a China monitorizou, seguiu e avisou o Lassen. O país “irá, de forma resoluta, defender a sua soberania territorial” e “responder de forma adequada a quaisquer ações provocativas”, frisou.

O incidente dá-se após Washington desafiar Pequim relativamente aos seus projetos de dragagem em algumas ilhas chinesas.

Lu disse que as atividades de construção efetuadas pela China no seu próprio território são um assunto interno e que estas não irão bloquear a liberdade legal de outros países de navegação ou voo.

“A China opõe-se veementemente a qualquer país que use a liberdade de navegação ou de voo como pretexto para lesar a soberania nacional chinesa ou colocar em causa os interesses de segurança nacional”, disse Lu.

Lu expressou também o seu “profundo descontentamento” e “oposição firme” relativamente à patrulha americana e apelou a Washington para que “corrija imediatamente o seu erro”, seguindo a sua política de não tomar partidos nas questões do Mar do Sul da China.

A agência de notícias Xinhua afirma que a iniciativa norte-americana foi uma “provocação explícita face à soberania territorial chinesa e... uma demonstração de poder, sob o pretexto de testar a liberdade de navegação”.

O episódio da patrulha americana dá-se a apenas algumas semanas antes das cimeiras da Ásia-Pacífico, que deverão contar com a presença dos presidentes Xi e Obama.

Xi tornou claro no final de setembro após um encontro com Barack Obama em Washington que a China não tinha intenção de militarizar as ilhas no Mar do Sul da China.

Zhang Yunling, diretor da Divisão Académica de Estudos Internacionais da Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que os EUA estão a desfilar o seu poder bélico para demonstrar ao seu povo, à região e ao mundo que não irá abdicar do seu protagonismo, à medida que a China se torna mais poderosa.

“Quando estabelecemos a Zona de Identificação Aérea do Mar do Este da China em 2013, os EUA enviaram jatos para a região. Agora que temos projetos nas nossas próprias ilhas no Mar do Sul da China, os EUA enviam navios de guerra. Acredito que tais incidentes irão ocorrer frequentemente no futuro”, referiu.

Yin Zhuo, diretor da Comissão de Tecnologias de Informação da Marinha do Exército de Libertação do Povo, disse não haver qualquer fundamento na lei internacional que justifique a intrusão do Lassen.

Wang Xu contribuiu para esta história.

Tradução: Mauro Marques


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(Editor:Renato Lu,editor)

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