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Velocidade das reformas precisa aumentar, diz economista

Fonte: Diário do Povo Online    26.10.2015 10h08

Um dos economistas mais respeitados da China disse que os líderes chineses deveriam acelerar as reformas que estiverem atrasadas.

A orientação de Wu Jinglian surge no momento em que os líderes chineses se reúnem para traçar o programa de desenvolvimento da nação para os próximos cinco anos. O encontro de líderes começa hoje (26).

A Sessão Plenária do Partido Comunista da China acontecerá de hoje até quinta-feira desta semana. Nela, deverão ser apresentadas as propostas relativas ao 13º Plano Quinquenal (2016-2020).

A reunião também deverá preencher as vagas de alto nível deixadas por quadros que enfrentam acusações de corrupção, incluindo 11 ex-membros do Comitê Central e suplentes.

Wu, 85, é pesquisador do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento do Conselho de Estado e economista conselheiro do governo central desde o início do processo de reforma e abertura.

Falando durante um fórum na Universidade Tsinghua, Wu disse que as “barreiras institucionais” são o maior fator causador da desaceleração da produção chinesa e da falha em satisfazer as demandas da nova classe média emergente do país.

A única solução é ir adiante com as reformas em vez de introduzir continuamente medidas de estímulo financeiro.

Ele criticou a tentativa de usar tais medidas para aumentar a velocidade do crescimento, dizendo que elas são medidas erradas para aliviar os problemas do país.

Em algumas áreas-chave, as reformas para retirar as barreiras institucionais têm sido mais devagar do que deveriam, apesar da forte determinação dos líderes expressa nos programas de reforma adotados desde 2012, disse.

Uma dessas áreas é a reforma do mercado de capitais e sua supervisão. Outra, onde muitos problemas ainda existem é o gerenciamento fiscal do governo, “porque muita dívida foi contraída a partir dos programas de estímulo do governo depois da crise financeira global de 2008”, disse Wu.

O efeito das medidas de estímulo financeiro caiu de tal forma que são quase inúteis agora, uma vez que elas geraram um débito enorme para os governos e empresas locais. Introduzir mais medidas como esta é uma solução não sustentável para a China, alertou o economista. Apesar disso, o país deveria se concentrar nas medidas de reforma do sistema financeiro, gerenciamento fiscal, preços e sistema de preços, empresas estatais, construção de zonas livres de taxas e maior abertura para investidores globais.

Chen Qinghai, ex-diretor da faculdade de economia e administração da Universidade Tsinghua, disse durante o mesmo fórum que o desafio ambiental da China será enorme.

Na semana passada, Ma Jun, economista chefe do Banco do Povo da China, disse que a reforma financeira da China vai se focar nas finanças em geral, inovação financeira, finanças pela internet e finança ambiental.

Tradução: Rafael Lima 

(Editor:Renato Lu,editor)

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