PEQUIM, 23 de outubro (Diário do Povo Online) – A China continua sendo o país que mais envia estudantes para estudar fora. O número total de estudantes chineses que estudaram no exterior em 2014 chegou a 459,8 mil. Entre 1978 e 2014, o número de chineses que estudaram no exterior atingiu mais de 3,5 milhões.
Os dados foram divulgados pelo “Relatório sobre o desenvolvimento dos estudantes chineses no exterior (2015)”, redigido pelo Think Tank “China e Globalização”, publicado pela Editora de Documentação da Academia de Ciências Sociais.
O relatório mostra que a China já é um dos principais destinos dos estudantes no mundo. Em 2014, os Estados Unidos receberam 20% do total mundial de estudantes estrangeiros, seguído pela Inglaterra (11%) e pela China, com 8%. Em seguída estão França, Alemanha, Austrália, Canadá e Japão.
Outro fenômeno é a idade dos alunos estrangeiros, cada vez menor. A faixa de idade dos alunos chineses estudando no exterior é a mais baixa do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, os chineses são maioria entre os mais jovens estudando no país (32,2%). No Reino unido, a China fica em segundo lugar no número total de alunos mais jovens estudando no país (15%).
Dos estudantes chineses que estudaram nos Estados Unidos, Grã-Bretanha e Canadá em 2014, a maioria está nas áreas de comércio, ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Administração de empresas ficou em primeiro lugar (22,1%), seguído por engenharia (15,6%), e matemática e ciência da computação em terceiro lugar com (8,5%). Entre os outros cursos preferidos dos chineses estão ciências naturais (8%), medicina (7,6%), ciências sociais (6,6%), artes e artes aplicadas (5,6%).
O relatório mostra que o número de estudantes chineses que estudam no exterior e regressam após a graduação está aumentando constantemente. Em 2013, 353,5 mil estudantes chineses que estudaram fora do país retornaram após se formarem. Em 2014, este número subiu para 364,8 mil.
Entre os estudantes chineses de pós-graduação que estudaram fora, 62% voltaram ao país após se formarem. Destes pós-graduados que regressaram ao país, 2,3% se tornaram empreendedores, proporção notavelmente mais alta que os pós-graduados que se formaram na própria China, 0,7%.
Revisão: Rafael Lima