Tornar página inicial

Economistas a favor de reduzir a meta do PIB para 6.5%

Fonte: Diário do Povo Online    19.10.2015 09h37

Operário chinês monta um veículo elétrico numa fábrica em Zouping, na província de Shandong, no leste da China.

PEQUIM,19 de outubro (Diário do Povo Online) - Um novo corte na meta do PIB tem sido sugerido por economistas para o 13º plano de cinco anos, de forma a preparar o caminho para uma nova introdução de reformas e aprofundar a “metamorfose” do sistema económico para uma economia de mercado.

Eles propõem que o crescimento anual do PIB deva ser cortado de 7% para 6.5%.

Alguns economistas conseguem ainda ver pequenos períodos de crescimento de 6% como tolerável.

As ideias estão a ser divulgadas no advento do encontro de líderes no final deste mês.

Economistas dizem não haver necessidade de temer um novo abrandamento económico. Mesmo que o PIB seja reduzido para 6.5%, baseado num total de 63.65 triliões de yuans (10 triliões de dólares) do ano transato, o crescimento deste ano será ainda na ordem dos 4 triliões de yuans, sensivelmente o mesmo que a nação produzia em 1994, ou o que produz a Suiça, a 20ª maior economia do globo.

Em março, o governo reduziu a meta de crescimento do PIB nacional do ano corrente de 7.5% para 7%, de modo a permitir ao país cortar na capacidade de manufatura não essencial e aprofundar a mudança de uma economia baseada em exportação para uma baseada em consumo interno.

A economia cresceu 7% nos primeiros trimestres do ano, estando vários analistas a prever um crescimento mais suave, talvez de 6.8%, no terceiro trimestre.

Um crescimento de PIB mais lento não significa uma economia mais lenta, disse Yu Bin, um economista do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Concelho de Estado. É algo natural, pois a indústria de serviços está a tomar uma fatia maior da economia.

“A indústria de serviços tem geralmente uma necessidade menor de investimento de capital do que a indústria de manufatura, e, inevitavelmente, quando traduzido em termos de PIB, os números serão menores”, disse Yu.

De acordo com o governo, na primeira metade do presente ano, a indústria de serviços contribuiu com 49.5% para o PIB da China, em comparação com 48.1% do ano anterior e 47.6% de 2013.

A outra fonte do PIB é a agricultura.

De acordo com uma análise económica da Academia de Ciências Sociais da China, 5 anos a contar a partir de 2016 o país tem potencial para crescer entre 6 e 6.5% ao ano.

Porém, Li Yang, um economista de topo da academia, disse que uma taxa de crescimento mais contida deve ter também um limite, de modo a controlar a torbulência social, crises financeiras, ou contrações no mercado de empregabilidade.

Alguns economistas sugerem que a “margem mínima” deve ser de 6%, enquanto outros preferem um nível mais alto.

Zhang Xiaoqiang, vice-diretor do Centro para o Intercâmbio Económico Internacional da China, disse que a China poderia atingir a sua promessa de longo prazo de dobrar o seu PIB, enquanto o seu crescimento médio anual do PIB atingir os 6.53% nos próximos 5 anos.

Tradução: Mauro Marques 

(Editor:Renato Lu,editor)

Fotos