Operário chinês monta um veículo elétrico numa fábrica em Zouping, na província de Shandong, no leste da China.
PEQUIM,19 de outubro (Diário do Povo Online) - Um novo corte na meta do PIB tem sido sugerido por economistas para o 13º plano de cinco anos, de forma a preparar o caminho para uma nova introdução de reformas e aprofundar a “metamorfose” do sistema económico para uma economia de mercado.
Eles propõem que o crescimento anual do PIB deva ser cortado de 7% para 6.5%.
Alguns economistas conseguem ainda ver pequenos períodos de crescimento de 6% como tolerável.
As ideias estão a ser divulgadas no advento do encontro de líderes no final deste mês.
Economistas dizem não haver necessidade de temer um novo abrandamento económico. Mesmo que o PIB seja reduzido para 6.5%, baseado num total de 63.65 triliões de yuans (10 triliões de dólares) do ano transato, o crescimento deste ano será ainda na ordem dos 4 triliões de yuans, sensivelmente o mesmo que a nação produzia em 1994, ou o que produz a Suiça, a 20ª maior economia do globo.
Em março, o governo reduziu a meta de crescimento do PIB nacional do ano corrente de 7.5% para 7%, de modo a permitir ao país cortar na capacidade de manufatura não essencial e aprofundar a mudança de uma economia baseada em exportação para uma baseada em consumo interno.
A economia cresceu 7% nos primeiros trimestres do ano, estando vários analistas a prever um crescimento mais suave, talvez de 6.8%, no terceiro trimestre.
Um crescimento de PIB mais lento não significa uma economia mais lenta, disse Yu Bin, um economista do Centro de Investigação e Desenvolvimento do Concelho de Estado. É algo natural, pois a indústria de serviços está a tomar uma fatia maior da economia.
“A indústria de serviços tem geralmente uma necessidade menor de investimento de capital do que a indústria de manufatura, e, inevitavelmente, quando traduzido em termos de PIB, os números serão menores”, disse Yu.
De acordo com o governo, na primeira metade do presente ano, a indústria de serviços contribuiu com 49.5% para o PIB da China, em comparação com 48.1% do ano anterior e 47.6% de 2013.
A outra fonte do PIB é a agricultura.
De acordo com uma análise económica da Academia de Ciências Sociais da China, 5 anos a contar a partir de 2016 o país tem potencial para crescer entre 6 e 6.5% ao ano.
Porém, Li Yang, um economista de topo da academia, disse que uma taxa de crescimento mais contida deve ter também um limite, de modo a controlar a torbulência social, crises financeiras, ou contrações no mercado de empregabilidade.
Alguns economistas sugerem que a “margem mínima” deve ser de 6%, enquanto outros preferem um nível mais alto.
Zhang Xiaoqiang, vice-diretor do Centro para o Intercâmbio Económico Internacional da China, disse que a China poderia atingir a sua promessa de longo prazo de dobrar o seu PIB, enquanto o seu crescimento médio anual do PIB atingir os 6.53% nos próximos 5 anos.
Tradução: Mauro Marques