Presidente da Câmara dos Deputados do Brasil nega ter contas secretas no exterior

Eduardo Cunha

Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, negou novamente nesta última sexta-feira ter contas não declaradas no exterior, apesar das evidências cada vez mais concretas a respeito.

Em nota oficial, ele reiterou o que já havia dito durante depoimento prestado a CPI da Petrobras em março, ocasião em que negou veementemente ter contas no exterior. Ele também negou todas as acusações de envolvimento em esquemas de corrupção.

Na semana passada, um jornal local mostrou imagens de documentos enviados pelas autoridades da Suíça ao Ministério Público Federal do Brasil no qual constam as cópias dos passaportes de Cunha e de sua esposa, além de documentos de sua filha. De acordo com o jornal, os documentos foram usados para abrir contas em bancos suíços.

O Ministério Público suíço abriu uma investigação contra Cunha em abril por lavagem de dinheiro e corrupção, antes de entregar as provas para o Ministério Público brasileiro, uma vez que Cunha, como cidadão brasileiro, não pode ser deportado para a Suíça para responder às acusações.

Evidências mostram que Cunha tem diversas contas na Suíça e que elas nunca foram declaradas à Receita Federal do Brasil.

Cunha também é acusado de ter recebido US$ 5 milhões de propina em troca de ajuda para viabilizar os negócios de uma empresa com a Petrobras. Acredita-se que o dinheiro encontrado em contas na Suíça tenham vindo do pagamento dessas propinas.

Ele também acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de perseguição e de ter vazado os documentos de forma proposital para manchar a sua imagem. Janot não respondeu as acusações de Cunha.