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Xi faz um balanço “frutífero” da visita de estado aos EUA

Fonte: Diário do Povo Online    29.09.2015 13h49

O presidente Xi Jinping e o seu homólogo, Barack Obama caminham nos jardins da Casa Branca em Washington DC, após uma conferência de imprensa na sexta-feira.

WASHINGTON,29 de setembro(Diário do Povo Online) - O presidente chinês reuniu uma lista de 49 objetivos atingidos durante a visita, em temáticas como alterações climáticas, cibersegurança, educação, investimento, e aprofundamento de relações bilaterais.

Uma relação em crescimento

Xi e Obama concordaram em dar seguimento ao seu compromisso de instaurar um novo modelo de relacionamento entre grandes países entre a China e os EUA, baseada no respeito mútuo e numa cooperação vantajosa para as duas partes.

Li Haidong, um professor de estudos americanos na Universidade de Negócios Estrangeiros da China e, de momento, académico convidado em Washington DC, disse que o significado deste novo relacionamento foi “consolidado e lacrado” durante as últimas conversações entre Xi e Obama.

Fan Jishe, um investigador de estudos americanos na Academia Chinesa de Ciências Sociais, disse que o reafirmar de um novo modelo nesta altura providenciará a ambas as partes uma melhor compreensão da postura estratégica de cada um e desfazer quaisquer réstia de dúvidas ou preocupações que existissem anteriormente.

Alterações Climáticas

Xi e Obama anunciaram a preparação de um discurso conjunto na próxima conferência relativa às alterações climáticas em Paris, onde irão apresentar planos para o trabalho de equipa, juntamente com outros países, com vista à obtenção de resultados positivos e ambiciosos.

Já anteriormente, em novembro do ano passado, ambos os presidentes introduziram algumas medidas que se revelaram um sucesso, nomeadamente na área industrial e do ambiente, assim como o melhoramento dos cuidados de saúde e da qualidade de vida dos cidadãos.

Fan afirma que o compromisso da China para com as alterções climáticas, um dos desafios no topo da agenda do presidente Obama, demonstrou ao mundo a sua vontade de “fazer contributos para a comunidade internacional e assumir mais responsabilidades”.

“Isto é impossível se uma das duas partes se recusar a cooperar”, disse Fan.

Li disse que a disponibilidade da China em cooperar com as alterações climáticas reduziu a pressão e a desconfiança por parte dos EUA e contribuiu para o estreitar da relação entre os dois países.

Cibercrime

Nenhum governo irá desencadear ou apoiar quaisquer tipo de roubo online de propriedade intelectual, disse Xi numa conferência de imprensa conjunta da cimeira da Casa Branca, acrescentando que ambas as partes irão explorar a melhor forma de criar normas de comportamento correto no ciberespaço.

Os dois países também concordaram em estabelecer um mecanismo de diálogo ao mais alto nível na jornada de combate ao cibercrime, disse o chefe de estado chinês.

“A China e os EUA são duas superpotências no mundo online e devem reforçar o seu diálogo e cooperação”, disse Xi, acrescentando que o confronto e a fricção não são a melhor escolha para nenhum dos lados.

Fan disse que o governo dos EUA tem tentado estabelecer uma diferença entre o roubo comercial e o roubo de informações confidenciais, o que não é uma prática de todo simples.

“A China e os EUA demonstraram a sua disponibilidade para encontrar um campo de ação comum, lidar com as disputas e avançar com algo que ambas as partes possam aceitar”, disse Fan.

Obama também ressalvou a importância dos EUA e da China trabalharem em conjunto com outros países e com as Nações Unidas, assim como com o setor privado, para começar a desenvolver um protocolo de comportamento governamental no ciberespaço.

Li avança que o ciberespaço tornou ambíguo o conceito de fronteira entre nações e soberanias. Este precisa de um novo conjunto de regras para lidar com os problemas, quando as fricções entre nações emergirem.

“Sob as novas condições de segurança, grandes países como a China e os EUA devem trabalhar juntos para explorar novos possíveis regulamentos para o ciberespaço”.

 

Tradução: Mauro Marques

(Editor:Renato Lu,editor)

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