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Mais de 700 peregrinos morrem durante a peregrinação anual do Hajj em Meca

Fonte: Diário do Povo Online    25.09.2015 13h37
Mais de 700 peregrinos morrem durante a peregrinação anual do Hajj em Meca
Equipe médica ajuda peregrino ferido logo após debandada causada por um grande número de pessoas em Mina, nos arredores da cidade sagrada muçulmana de Meca, em 24 e setembro de 2015. [Foto/Agências]

MINA, Arábia Saudita, 25 de setembro (Diário do Povo Online) - Pelo menos 717 peregrinos de todo o mundo morreram nesta última quinta-feira (24) durante uma debandada que ocorreu na cidade sagrada de Meca. Trata-se do pior desastre ocorrido nos últimos 25 anos envolvendo as peregrinações anuais do Hajj, disseram as autoridades sauditas. Pelo menos outros 863 peregrinos ficaram feridos.

O rei saudita Salman afirmou que ele tinha ordenado uma revisão dos planos do Hajj depois do desastre que ocorreu nos anos 90, no qual dois grandes grupos de peregrinos chegaram juntos em uma encruzilhada de Mina, a poucos quilômetros a leste de Meca, em seu caminho para realizar o ritual do "apedrejamento do diabo" em Jamarat.

O incidente atual foi o pior desastre ocorrido envolvendo as peregrinações desde julho de 1990, quando 1.426 pessoas morreram sufocadas em um túnel perto de Meca. Ambos os incidentes aconteceram durante o Eid al-Adha (Festa do Sacrifício), um dos festivais mais importantes do Islã e dia do ritual do apedrejamento.

Fotografias fornecidas pela defesa civil saudita publicadas no Twitter no mesmo dia do acidente, mostravam peregrinos deitados em macas enquanto os trabalhadores de emergência os levantaram para uma ambulância.

Outras fotos monstravam cadáveres de homens vestindo as roupas brancas do Hajj empilhados uns em cima dos outros. Alguns cadáveres tinham feridas expostas.

Um vídeo não identificado que foi postado no Twitter mostrava peregrinos e equipes de resgate tentando reviver algumas vítimas.

O Hajj, maior encontro anual de peregrinos do mundo, tem sido palco de inúmeras debandadas, incêndios e tumultos fatais. Entretanto, o número de acidentes reduziu bastante nos últimos anos depois que o governo saudita gastou bilhões de dólares na modernização e expansão das infraestruturas do Hajj, além de ter feito investimentos para organizar a multidão de peregrinos.

A segurança durante o Hajj é uma questão politicamente sensível para a Casa de Al Saud, casa real que governa o reino e que se apresenta internacionalmente como guardiã do Islã ortodoxo e protetora dos seus lugares mais sagrados em Meca e Medina. 

Tradução: Chen Ying

Revisão: Rafael Lima


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(Editor:Chen Ying,editor)