“Reino das Bicicletas” faz apelo ao regresso do transporte ecológico (2)

A responsável pelo sistema de bicicletas públicas da cidade de Taiyuan, Song Lina, afirma que, de acordo com uma investigação levada a cabo pela instituição, 20% da redução da emissão de gases por parte de automóveis, deve-se à mudança dos hábitos de transporte na cidade, nomeadamente da troca do carro pela bicicleta. O uso de bicicletas públicas contribuiu também para a poupança de uma quantidade de gasolina equivalente a 3 anos (totalizando um valor de mais de 140000000 litros de combustível), reduziu as emissões de monóxido de carbono em 630,000 quilogramas e em 56,000 quilogramas em hidrocarbonos.

Muitos autarcas reconheceram o valor da medida e já começaram a considerar um novo planeamento das cidades, de modo a propiciar o retorno do veículo de duas rodas. A capital, desde 2013 iniciou vários projetos de requalificação da cidade, de modo a criar condições para popularizar o uso do veículo que em tempos, circulava livremente em todas as suas ruas. Entre estas medidas destacam-se a introdução de barreiras de isolamento nas estradas, demarcação dos pavimentos com faxas para bicicletas, construção de mais parques de estacionamento, entre outras.

As potencialidades deste meio de transporte não passaram despercebidas às várias empresas de tecnologia e aos empreendedores do país, onde a inclusão do termo “bicicleta inteligente” começa a ganhar dimensão. Tecnologias presentes nos automóveis, como a função de gps conectada ao telemóvel quando o veículo é roubado podem ser adaptadas à bicicleta. A “bicicleta inteligente” pode igualmente monitorizar informações como os batimentos cardíacos, pressão sanguínea, pulso, velocidade e distância. Todos podem constar num pequeno monitor instalado no guiador. Muitas pessoas acreditam que a inclusão destes elementos na experiência de pedalar uma bicicleta possam atrair cada vez mais automobilistas a repensar a preferência do seu meio de transporte.