Porquê? Porque tem uma simples visita a uma pequena vila agrícola no centro dos EUA tanto significado? Eu penso que se deve a duas razões.
A primeira é que a visita do presidente Xi a Muscatine personifica um dos valores essenciais da sua política externa – a valorização da comunicação face-a-face, uma espécie de “diplomacia pública”. Não importa se o presidente está a discutir as relações sino-americanas, a dirigir-se ao país mais poderoso do mundo, ou às nações participantes na sua iniciativa estratégica “Cinturão/Roda” – na sua maioria países em vias de desenvolvimento – a comunicação direta detém sempre uma importância fundamental nos vários objetivos integrantes no percurso do atual presidente.
A segunda razão pela qual a viagem do presidente Xi em 2012 foi de extrema importância, foi o facto dela ter um impacto muito positivo no ceio do povo americano. Para grande parte dos americanos, a viagem do presidente a Muscatine foi a ocasião mais memorável da sua visita enquanto vice-presidente. Mesmo para mim, que participei no almoço dedicado ao atual presidente em Los Angeles - com vários líderes de diversas áreas: entretenimento, negócios, e governo - foi o episódio de Muscatine que mais perdurou na minha memória.
Porquê? Porque motivo haveria Muscatine de competir com Los Angeles e Washington? Porque falamos agora do “Espírito de Muscatine”? Eu proponho quatro razões.
Em primeiro lugar, a interação de Xi com cidadãos americanos comuns, especialmente aqueles que não pertencem às grandes cidades, revela uma faceta humana e até humilde – algo que valorizamos nos nossos líderes.
Em segundo lugar, o facto de Xi respeitar as suas raízes históricas – a carreira pessoal enquanto jovem oficial, ainda longe dos cargos reservados à elite governamental que viria a ocupar mais tarde – onde se deslocara ao estrangeiro para estudar os meios tecnológicos mais desenvolvidos da época.
Em terceiro lugar, honra um período nuclear da história recente da China, nomeadamente o período de reforma e abertura iniciado no final da década de 70. Um período em que a China recorreu aos EUA para aconselhamento e orientação, tendo o país americano oferecido prontamente a disponibilidade para cooperar.
Em quarto e último lugar, as visitas de Xi a Muscatine, em 1985 e 2012, embora de cariz totalmente diferente, convergem ambas no caráter do modelo comunicação – um tipo de diplomacia pública que agora ocupa um papel destacado na filosofia da política externa do atual presidente.
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