GUIYANG, China, 26 de agosto (Diário do Povo Online) - Uma equipe de arqueólogos descobriu, no dia 24, quando escavava uma ruína situada em Huangjinwan, na margem do Rio Xishui, na província de Guizhou, no sudoeste da China, um ovo e outros objetos enterrados com um humano, supondo que o mesmo tenha uma história de mais de 2.000 anos.
Segundo se sabe, esta é a primeira vez que um ovo é encontrado nos túmulos de Guizhou e como é algo muito frágil se torna um problema espinhoso extrai-lo intacto.
A ruína de Huangjinwan, situada na margem do Rio Xishui, no povoado de Tucheng, no distrito de Xishui, é o maior assentamento antigo já descoberto em Guizhou.
Os arqueólogos descobriram, no mesmo dia, uma grande quantidade de vasos de cerâmica enterrados com mortos e ossos de animais quando limpavam um túmulo da Dinastia Han de há 2.000 anos.
O mais surpreendente é que no vaso da cerâmica que está ao lado direito do túmulo, existe uma esfera ligeiramente amarela.
"Com um toque suave por meio duma escova, a superfície da esfera quebrou", disse o responsável da equipa de arqueólogos, Zhang Gaike, acrescentando que com a identificação minuciosa e comparação repetida, todos os arqueólogos concordaram tratar-se de um ovo.
Devido a vários fatores, incluindo o tempo em que o ovo ficou enterrado e deslizamentos de terra, a gema e a clara do ovo praticamente já não existem. No entanto, a casca do ovo, rica em matérias tais como carbonato de cálcio, está cheia de lama, para além de ter - se misturado com materiais circundantes, favorecendo a sua preservação.
O tamanho do ovo em referência é menor que a dos ovos que se vendem no mercado, mas aproxima – se ao das galinhas criadas no campo.
A uma pergunta sobre porque é que se incluíam os ovos na escolha dos artigos a enterrar com os mortos, Zhang Gaike disse que o povo Han considerava a morte como vida e os aparelhos usados para os enterros eram feitos em cerâmica. Deste mesmo modo, os alimentos que consumiam durante a vida eram também enterrados, incluindo vinhos e cereais. O ovo pode também ser um alimento usado para acompanhar os mortos quando sepultados.
Entretanto, o método da extração do ovo ainda está em discussão. "Em caso de se recorrer a forma tradicional de envoltório de gesso, será difícil conseguir a extração não destrutiva", Disse Zhang Gaike, acrescentando que mesmo se a separação for bem-sucedida, proteger um ovo de há 2.000 anos é também um problema.
Além disso, a equipe arqueológica suspeita que haja mais ovos em outros vasos de cerâmica no túmulo.