BEIJING,24 de ago(Diário do Povo Online)- O escritor chinês Liu Cixin venceu o Prémio Hugo pela sua obra “The Three Body Problem”.
A atribuição do prémio foi feita pelo astronauta Kjell Lindgren numa transmitção ao vivo a partir da estação espacial internacional no domingo.
“É claro que estou muito feliz por vencer este prémio”, disse Liu em declarações ao website Sina News. “A trilogia Three-Body é o meu melhor trabalho, embora hajam algumas partes que gostava de rever. Como já foi publicada, não posso.”
O Three body Problem é o primeiro livro da sua trilogia de ficção científica e aborda a responsividade humana para com invasões alienígenas. Os livros foram originalmente seriados numa revista chinesa entre 2006 e 2010.
O autor, vencedor do prémio Galáxia da Ficção Científica Chinesa em 2006 e 2010, vendeu mais de um milhão de cópias da sua trilogia na China.
Uma adaptação da obra The Three Body Problem (também nomeada em 2014 para o Prémio Nebula para o Melhor Romance) para o cinema, está agora a ser produzida e deverá atingir o grande ecrã em julho do próximo ano.
A primeira edição em língua inglesa foi publicada o ano passado, e o segundo livro, Dark Forest, foi publicado este mês. A última parte da trilogia, Death’s End, encontra-se ainda a ser traduzida.
Ken Liu, o tradutor, recebeu o Prémio Hugo numa cerimónia em Spokane, Washington, no sábado e fez um discurso em nome do autor. Poucas obras de ficção científica traduzidas entram no mercado americano, e muito menos ganham o Prémio Hugo, afirmou.
Liu, o autor, reconheceu o mérito do tradutor na sua entrevista à Sina. “Ganhamos o prémio juntos”, concluiu.
O autor, de 52 anos, trabalhou como engenheiro de software numa usina de energia na província de Shanxi e escreveu mais de 13 livros. Em abril, foi nomeado pela gigante tecnológica Tencent para o cargo de arquiteto de imaginação de jogos móveis.
A Amazon, website de comércio eletrónico, incluiu a obra The Three Body Problem na sua lista “melhores livros de 2015”, que é baseada na crítica.
Yao Haijun, vice-editor chefe da Science Fiction World, que serializou a obra premiada, disse no Sina Weibo que acreditava que Liu Cixin poderia repetir o sucesso obtido na atribuição do Prémio Hugo no próximo ano com Dark Forest.
“O milagre de hoje poderá ser apenas o começo”, escreveu.