Aumento de casos de Sida entre alunos preocupa China

BEIJING, 11 de ago (Diário do Povo Online) – O Centro Nacional de Controlo e Prevenção da Sida e Doenças Sexualmente Transmissíveis recomendou, segunda-feira, a tomada de medidas profiláticas por parte das autoridades de saúde do país no sentido de melhorar o combate ao crescente número de casos de infeção registrado nos últimos tempos no seio da juventude estudantil.

“As autoridades de educação devem ser informadas, pelo menos a cada seis meses, pelas autoridades de saúde sobre qualquer infeção por SIDA entre os alunos de escolas sob a sua jurisdição, de forma a permitir uma melhor cooperação na tomada de medidas para combater a doença”, lê-se no comunicado.

Até o final de outubro do ano passado, cerca de 2.200 casos de SIDA, envolvendo estudantes de mais de 15 anos de idade, haviam sido relatados em todo o país, em comparação com 1.772 casos no ano anterior, segundo as estatísticas do Centro Nacional para Controle e Prevenção de SIDA e Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Na segunda-feira, a comissão informou que nos últimos anos a infeção por SIDA entre os estudantes na China tinha aumentado rapidamente, razão pela qual existe a necessidade de se criar um sistema para fornecer informações regulares às escolas e para intercâmbio frequente entre as autoridades de saúde e educação.

As universidades e demais escolas também foram recomendadas para que passam a fornecer mais informação aos estudantes sobre os métodos de prevenção, assim como orientá-los a fazer testes e salvaguardar a sua privacidade.

O diretor do Centro Nacional para Controle e Prevenção de SIDA, Wu Zunyou disse que, embora o número de novos casos de SIDA entre os estudantes no ano passado representasse menos de três por cento do total reportado na China, a infeção entre estudantes universitários está subindo muito mais rápido que nos outros grupos.

"O número de casos de SIDA entre estudantes universitários do sexo masculino aumentou muito mais rápido do que entre estudantes do sexo feminino desde 2008", disse ele. "Cerca de 80 por cento dos novos casos detectados envolvem o sexo entre homens."