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Bem haja Beijing 2022

Fonte: Diário do Povo Online    03.08.2015 12h50

Helder da Silva*

A humanidade, desde os seus primórdios, sempre teve a virtude de executar grandes obras e deixar legados para as gerações sucessoras, na medida em que tais feitos servem de testemunho sobre o esforço envidado por determinada geração em busca de elevados patamares da vida sicial. No conjunto de legados podemos enquadrar actos morais que serviram de paradigma para as grandes epopeias, obras primas de grande vulto e, nos tempos mais recentes, a realização dos grande eventos desportivos, tal como foi os Jogos olímpicos de Beijing 2008.

O povo chinês, desde sempre se pautou pela criatividade e luta para alcançar os seu desejos mais sagrados, daí que a sua história milenar nos remete à incursão pelas várias batalhas que de o seu vasto espaço geográfico foi alvo, assim como e imesurável esforço para manter a integridade territorial, tendo em conta a sua diversidade étnica e a invasão de que foi alvo pelas então potencias colonizadoras ocidentais.

A Grande Muralha da China é, sem margem de dúvida, uma das maiores referências sobre do mosáico cultural e legado herdado pelo gigante asiático das gerações antigas. Porém, a magnitude das grandes metrópoles como Beijing, Shangai, Hong Kong, Macau, para só citar estas, é uma prova evidente de que o trabalho árduo e a persistência pela melhoria do modo de vida fazem parte do cotidiano do povo chinês.

O antigo adágio grego “Mente sã em corpo São” se encaixa como uma luva na cultura do povo chinês, daí que não será difícil para qualquer cidadão vindo de outras paragens (como e o meu caso) notar que a prática de exercícios físicos e a primazia de espaços afins mereça destaque em todos os modelos arquitectônicos das metrópoles do gigante asiático.

Embuídos no princípio de que o desporto representa uma das grandes valías, o Estado chinês fez, nos últimos tempos, grandes investimentos na construção de infraestruturas desportivas, tendo convencido o mundo inteiro sobre a sua capacidade para, em 2008, acolher, pela primeira vez, a maior competição desportiva universál: Os Jogos Olímpicos de Beijing. Infelizmente, não tive a oportunidade de cá estar na altura para ver ao vivo a grande festa desportiva, mas acompanhei ao pormenor a sua preparação e organização por intermédio da televisão e demais meios de comunicação social, tendo testemunhado que o evento foi coroado de grande êxito. Há quem diga que foi uma das maiores olimpíadas de que o mundo tem registo.

Quando me apercebi da candidatura de Beijing como sede dos Jogos Olímpicos de Inverno 2022, alimentei, desde logo, a crença de que a escolha iria recair para esta grande cidade, onde me encontra há cinco meses em formação profissional, não só pela sua imponência, mas pelo facto da experiência obtida a quando da realização Jogos Olímpicos de Verão ser um pressuposto para reunir melhores condições em prol do sucesso que se pretende.

Neste contesto, não posso esconder a minha alegria, já que na sexta-feira última pude partilhar momentos de euforia com amigos e colegas após o anúncio do Comité Olímpico Internacional (COI) para confirmar que, de facto, o evento terá lugar na capital chinesa, tornando-a na primeira cidade do mundo a acolher as duas diferentes olimpiadas, ou seja,cas de Verão e as de Inverno.

O desporto internacional sai a ganhar, mas o povo chinês também volta a ter a o direito merecido de poder dar outro posso em frente na melhoria das condições, uma vez que a empreitada vai promover vários postos de trabalho para os cidadãos, tendo como resultado obras de vulto e melhorias da qualidade de vida, com base em políticas ambientais favoráveis. Bem haja Beijing 2022.

*Helder da Silva é jornalista do Jornal de Angola 

(Editor:Renato Lu,editor)

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