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Novo acordo fechado com Eurozona pode trazer mais oportunidades para cooperações sino-gregas

Fonte: Diário do Povo Online    14.07.2015 09h26

BEIJING,14 de jul (Diário do Povo Online) – Após 17 horas de negociações difíceis, os líderes da zona do euro alcançaram na segunda-feira (13) um acordo para começar a negociar a terceira rodada da assistência financeira à Grécia. Para especialistas chineses, se o acordo for cumprido bem, as cooperações sino-gregas vão ter mais oportunidades.

Em janeiro passado, o governo de Tsipras suspendeu a privatização do maior porto da Grécia, Porto de Piraeus, parando assim a venda das ações à empresa chinesa COSCO. A decisão do novo governo grego provocou uma reação na comunidade internacional. Em abril, Tsipras manteve uma conversa telefônica com seu homólogo chinês, Li Keqiang, garantindo que a Grécia vai apoiar firmemente o projeto do Porto de Piraeus, que é um símbolo da cooperação de benefício recíproco entre a Grécia e a China.

No ponto de vista de Cui Hongjian, o especialista de estudo da Europa do Instituto das Questões Internacionais da China, a firmação do novo acordo pode promover a privatização da Grécia, o que é uma “boa notícia” para empresas chinesas.

“A Grécia ocupa uma posição importante nas iniciativas chinesas de “Um Cinturão e Uma Rota” e de cooperação marítima. Se o país cumprir bem o acordo para promover a privatização, os capitais e as empresas da China vão ter maior espaço quanto ao investimento no exterior. ”

Após a crise da Grécia. A China defendeu em várias ocasiões a permanência da Grécia na zona do euro e a vontade de continuar desempenhando o papel construtivo para tal. “Como um membro do FMI e um titular da dívida nacional da Grécia, a China sempre apoia a Grécia e se este país continuar a permanecer na zona do euro, a China vai ter maior confiança nela, ” afirmou.

Nas opiniões de Du Mingyan, diretora de técnica de Dagong Global Credit Rating, se a Grécia cumprir o acordo, o processo da privatização das empresas estatais será promovido, o que é favorável para o comércio sino-grego.

No entanto, ele disse que a China está prudente ao tomar a dívida grega. “O novo acordo é frágil e não se sabe o que vai acontecer durante o cumprimento. Além disso, a opinião pública dos gregos pode influenciar a decisão do governo, ” acrescentou. 

(Editor:Renato Lu,editor)

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