China e Rússia impulsionam a cooperação em investimento e finanças

BEIJING, 19 de junho (Diário do Povo Online) - A cooperação em investimento e finanças está a dar um novo impulso às relações econômicas e comerciais entre a China e Rússia, após um consenso alcançado pelas duas partes.

O pesquisador da Europa Oriental e da Ásia Central da Academia de Ciências Sociais da China, Li Jianmin, disse que a cooperação bilateral tem feito progressos significativos no ano passado e que a China e a Rússia têm vindo a explorar novo potencial de crescimento na cooperação financeira e em investimento.

"A Rússia também tem dado maior importância aos seus parceiros asiáticos, no âmbito das sanções impostas pelo Ocidente sobre alegada intervenção de Moscou na crise da Ucrânia", explicou Li.

Segundo estatísticas oficiais, o investimento da China na Rússia tem vindo a crescer de forma constante nos últimos anos. O investimento direto chinês na Rússia, incluindo os investimentos através de países terceiros, totalizaram 33.000 milhões de dólares até o fim de 2014.

Neste contexto de crescimento estável de investimento, os investidores chineses têm visto mais setores na Rússia, incluindo a construção de infraestrutura, fabricação e inovação científica, em contraste com as suas escolhas tradicionais de energia, matérias-primas e silvicultura.

Os bancos centrais dos dois países assinaram um acordo de permutação de moedas no valor de 150 bilhões de yuans, o equivalente a 24 mil milhões de dólares em outubro passado.

Empresas chinesas e russas estão usando cada vez mais a moeda chinesa para liquidação das suas transações. No primeiro trimestre, a troca de moeda entre rublo e yuan ou renminbi cresceu mais de cinco vezes, em comparação com um ano antes, porque empresas russas abriram rapidamente contas bancárias em renminbi, de acordo com dados do banco russo VTB.

Dados do Ministério do Comércio da China também mostraram que o valor de liquidação de operações com ambas as moedas entre empresas chinesas e russas cresceu 300 por cento nos primeiros cinco meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.