Cientistas estão confiantes na capacidade da China de evitar e controlar a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS, em inglês), citando experiências com o surto da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) em 2003.
"A China é plenamente capaz de controlar a doença, não há necessidade de pânico", disse Feng Zijian, vice-chefe do Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China.
O país colocou em prática um sistema completo para controlar doenças infecciosas após o surto de SARS e as respostas atuais contra a MERS estão indo bem, de acordo com Feng.
Jin Qi, diretor do Instituto de Biologia Patogênica da Academia Chinesa de Ciências Médicas, expressou a mesma confiança de Feng.
"Depois de vencer a SARS, a China agora tem um alto conhecimento de epidemias potenciais, e suas tecnologias de monitoramento e testagem estão significativamente melhores", apontou Jin.
"A China consegue enfrentar um surto de doenças infecciosas", acrescentou.
Julgando pela situação atual, o risco de casos isolados de MERS na China não pode ser eliminado, mas uma epidemia é improvável, informou Jin.
Os cientistas chineses concluíram a sequência do genoma do primeiro caso de MERS importado no país e não encontraram nenhuma evidência de variação que poderia tornar o vírus mais contagioso.
Em relação ao aumento de casos de MERS na República da Coreia (ROK), principalmente infectados no hospital, Jin mencionou que a fonte e as vias da infecção são claramente conhecidas.
Três semanas após a identificação do primeiro caso de MERS, em 20 de maio, existem pelo menos 108 casos de MERS confirmados na ROK.
A epidemia mortal SARS se espalhou por toda a China em 2003, um evento significante na história da saúde pública do país que impulsionou enormes esforços contra surtos deste tipo de doenças e mudanças em transparência de informação.