O presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente da República do Congo, Denis Sassou Nguesso, enviaram, separadamente, na quarta-feira, cartas de felicitações à Reunião Ministerial de Coordenadores sobre a Implementação das Ações de Acompanhamento do Fórum de Cooperação China-África (FOCAC) em Changsha, capital da Província de Hunan, no centro da China.
Na sua carta, Xi disse que o FOCAC tem promovido efetivamente o desenvolvimento vigoroso da cooperação China-África desde a sua criação há 25 anos, tornando-se um excelente exemplo de solidariedade e cooperação do Sul Global.
Xi disse que, em setembro passado, ele e os líderes africanos concordaram, de forma unânime, durante a Cúpula de Beijing do FOCAC, em promover a proposta de seis pontos sobre o esforço conjunto para avançar na modernização e implementar conjuntamente as 10 ações de parceria para a modernização, levando as relações China-África a uma nova etapa de construção conjunta de uma comunidade com um futuro compartilhado para a nova era sob todas as condições.
Ele indicou que, com os esforços de ambos os lados, foram alcançados vários resultados iniciais encorajadores na implementação dos resultados da Cúpula de Beijing.
A China e a África também chegaram a um consenso sobre o lançamento do ano 2026 como o ano das trocas interpessoais entre a China e a África, o que deverá injetar nova vitalidade na cooperação amigável entre a China e a África, acrescentou Xi.
Observando que a atual situação internacional é marcada por mudanças e turbulências, Xi afirmou que a China está comprometida em oferecer novas oportunidades para o mundo com as novas conquistas da modernização chinesa e dar um novo impulso aos parceiros do Sul Global, incluindo a África, por meio de seu enorme mercado.
A China está pronta para negociar e assinar o acordo de Parceria Econômica China-África para o Desenvolvimento Compartilhado, a fim de implementar o tratamento de tarifa zero para 100% das linhas tarifárias de 53 países africanos que mantêm relações diplomáticas com a China, disse Xi, acrescentando que a China proporcionará mais facilidades para os países menos desenvolvidos da África exportarem para a China.
Ele também disse que a China está pronta para trabalhar com a África para aprofundar a implementação das 10 ações de parceria para a modernização, fortalecer a cooperação em áreas-chave como indústria verde, comércio eletrônico e pagamentos eletrônicos, ciência e tecnologia e inteligência artificial, e aumentar a cooperação em segurança, finanças e estado de direito, a fim de promover o desenvolvimento de alta qualidade da cooperação China-África.
Xi destacou que a abertura e a cooperação são o caminho certo, e que os benefícios mútuos e os resultados vantajosos para todas as partes atendem às aspirações do povo.
Ele disse que a China e a África, trabalhando juntas para promover a modernização, irão fortalecer a solidariedade e a cooperação no Sul Global e abrir perspectivas mais brilhantes para a causa da paz e do desenvolvimento mundial.
Espera-se que a China e a África continuem a avançar de forma constante na implementação dos resultados da Cúpula de Beijing, planejem cuidadosamente o desenvolvimento futuro do FOCAC, unam-se para construir uma comunidade China-África com um futuro compartilhado para a nova era sob todas as condições e contribuam para a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, indicou Xi.
Sassou Nguesso afirmou na sua carta que a cooperação estratégica e prática entre a África e a China alcançou resultados frutíferos desde a Cúpula de Beijing.
Observando que a reunião ministerial coincide com o 25º aniversário da criação do FOCAC, Sassou Nguesso afirmou que não poupará esforços e trabalhará com o presidente Xi para promover um maior progresso na construção de uma comunidade com um futuro compartilhado entre a África e a China, e melhorar o bem-estar dos povos de ambos os lados.
Como copresidente africano do FOCAC, a República do Congo está disposta a trabalhar com a China e outros países do Sul Global para fortalecer a cooperação na Iniciativa Cinturão e Rota, construir conjuntamente um mundo multipolar livre do unilateralismo e do protecionismo e inaugurar uma nova era de globalização inclusiva e mutuamente benéfica, acrescentou Sassou Nguesso.