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Fórum de Negócios Angola-China 2024 realizado em Beijing

Fonte: Diário do Povo Online    18.03.2024 15h10

Palco do Fórum de Negócios Angola-China 2024. Foto: Zhang Rong, Diário do Povo Online

No dia 16 de março, foi inaugurado em Beijing o "Fórum de Negócios Angola-China 2024 sobre Petróleo e Gás, Recursos Minerais e Agricultura". João Lourenço, o presidente da República de Angola, João Neto, embaixador de Angola na China, e Liu Yuxi, representante especial do Governo Chinês para os Assuntos Africanos, participaram na cerimónia de abertura do evento e proferiram os discursos principais.

Presidente angolano, João Lourenço. Foto: Zhang Rong, Diário do Povo

João Lourenço afirmou no seu discurso que, desde o estabelecimento das relações diplomáticas entre Angola e a China, há mais de 40 anos, as duas partes sempre foram sinceras, amigáveis e trabalharam juntas em prol do progresso. A China exporta atualmente vários bens e serviços que apoiam o desenvolvimento económico e social de Angola.

"De fato, a presença de empresas chinesas em Angola é hoje incontornável, como demonstra o novo Aeroporto Internacional de Luanda, as centralidades edificadas um pouco por todo o país, a melhoria do sistema rodoviário – ferroviário, ou a produção e distribuição de energia elétrica e de água potável. No domínio privado também registámos a presença de investidores da República Popular da China em Angola, um pouco por todos os setores da economia", disse o presidente.

O presidente angolano destacou ainda o ambiente de negócios do seu país e manifestou o desejo de trabalhar com a comunidade empresarial para transformar Angola num país próspero e moderno.

Embaixador de Angola na China, João Neto. Foto: Zhang Rong, Diário do Povo Online

O Embaixador de Angola na China destacou o grande número de empresas participantes e frisou que a relação entre Angola e a China entrou numa nova era.

"Angola e a China são países amigos que têm um perfeito alinhamento político. As suas economias podem ser complementares porque, para além da firme vontade política, existe um grande potencial econômico a explorar, e daí, ampliar e identificar a cooperação econômica, na expectativa da satisfação das necessidades e interesses dos nossos povos. A melhoria do ambiente do negócio de Angola, complementada com a existência de instrumentos jurídicos, assinados entre os dois países, com particular destaque para o acordo para evitar a dupla tributação e o acordo para promoção e proteção recíproca dos investimentos, oferecem aos empresários dos dois países o quadro legal e infraestruturas essenciais, fundamentalmente no domínio da energia, água, vias de acesso, portos, aeroportos, caminhos de ferro e também a segurança. Metamos as mãos e construamos um futuro com bens compartilhados", salientou.

Liu Yuxi, representante especial do Governo Chinês para os Assuntos Africanos. Foto do repórter do Diário do Povo Zhang Rong

Liu Yuxi, representante especial do Governo Chinês para os Assuntos Africanos, destacou no seu discurso que, nos últimos anos, sob a orientação estratégica dos dois chefes de Estado, os dois países aderiram à sinceridade, amizade, igualdade, benefícios mútuos, e cooperação em vários campos, tendo produzido resultados frutíferos.

Liu salientou que Angola é o segundo maior parceiro comercial da China na África. No ano passado, o comércio total entre os dois países ultrapassou os 23 bilhões de dólares. A cooperação bilateral tornou-se um poderoso motor para promover o desenvolvimento económico e social de Angola, criando um grande número de oportunidades de emprego e proporcionando benefícios tangíveis para ambas as partes.

Na tarde de 15 de março, a China e Angola assinaram vários documentos de cooperação bilateral no âmbitos de economia e comércio, agricultura, desenvolvimento verde, entre outros. Os dois lados emitiram ainda a Declaração Conjunta entre a República Popular da China e a República de Angola sobre o Estabelecimento da Parceria de Cooperação Estratégica Global.

O fórum contou com a presença de mais de mil empresários chineses e angolanos e representantes governamentais.

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